O LAGUNA RENOVOU A RENAULT NO SEGMENTO DE MÉDIOS NA EUROPA.
Normalmente começamos pela história no Brasil, mas nesse caso vamos começar a história no exterior, afinal nos anos 1990, a Opel alemã já tinha substituído o Ascona pelo Vectra caso tiver curiosidade pela história dos dois alemães é só apenas dar uma olhada aqui:
Além da própria Opel na mesma época, a Ford substituía o Sierra pelo Mondeo e isso está aqui:
A Volkswagen basicamente fez uma reforma sobre o Passsat B3 que virou B4 é só dar uma olhada:
Mas a Renault teria se renovar o velho Renault 21 já estava desgastado perto dos rivais, ele usava os motores 1.7 da família F de injeção monoponto que gerava 14.3KGFMa3000RPM e 95CVa5250RPM, o 2.nada da família J que gerava 16.7KGFMa4000RPM e 120CVa6000RPM e versão com cabeçote de 12 válvulas desse motor(3 válvulas por cilindro) gerava 17.6KGFMa4300RPM e 140CVa6300RPM, a outra opção é o 2.nada 16V Turbo que gerava 27.5KGFMa3000RPM e 175CVa5200RPM todos claro da família J, o 1.9 á diesel de 12KGFMa2250RPM e 65CVa4500RPM e o 2.1 Turbo Diesel que gerava 18.8KGFMa2250RPM e 88CVa4500RPM ou seja como é na Europa as opções de motores são amplas.
Se tiver mais curiosidade sobre ele dê uma olhada aqui:
http://falando-sobre-carros.blogspot.com.br/2013/12/renault-21-o-argentino-que-atravessou.html
Mas enfim em março de 1994 era hora de apresentação de seu novo médio, assim como nos compactos, o 5 foi substituído pelo Clio, o nome 21 era aposentado, o seu nome era Laguna, ele vinha em duas opções de carroceria: Hachtback de cinco portas e perua chamada de Nevada, o sedã media 4.51metros de comprimento, 1.75metros de largura, 1.43metros de altura e 2.67metros de entre - eixos, já a perua Nevada mantinha entre - eixos e largura, mas a altura passava a 1.48metros e o comprimento foi a 4.62metros, mas a perua ainda podia levar quatro pessoas, duas opções de câmbio: manual de cinco marchas ou automático de quatro marchas, nos motores um amplo leque de motores, a oferta começava pelo 1.8 da família F, com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, 8 válvulas, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada, com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, o seu diâmetro é de 82.7mm e o curso é de 83.5mm o que totalizavam 1783cm3, a sua taxa de compressão é de 9,7:1 dotado de injeção monoponto ele gerava 14.5KGFMa2750RPM e 95CVa5750RPM, a segunda opção é 2.nada também com 8 válvulas, dotado de injeção multiponto, mas da família F, mantinha o diâmetro, mas o curso passava 93mm o que totalizavam 1998cm3, a sua taxa de compressão é de 9,3:1 e com isso ele gera 17.1KGFMa4250RPM e 115CVa5750RPM, a terceira opção é o V6 de 3 litros da família PRV(Peugeot-Renault-Volvo) o seu diâmetro é de 93mm e o curso é de 73mm o que totalizavam 2963cm3, a sua taxa de compressão é de 9,6:1 com bloco e cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada ele gerava 24KGFMa4500RPM e 170CVa5500RPM e nos diesel os motores 2.2 da família G, com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada, a versão sem turbo, o seu diâmetro é de 87mm e o curso é de 92mm o que totalizavam 2188cm3, a sua taxa de compressão é de 23:1 e com isso gerava 14.5KGFMa2250RPM e 85CVa4500RPM e a versão com turbo tinha taxa de compressão de 22:1 e com isso gerava 24KGFMa2000RPM e 115CVa4300RPM, a sua suspensão é independente nas quatro rodas, adotada o famoso esquema "francês" McPherson com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos e na traseira é braços arrastados com barra de torção e molas helicoidais, ou seja a "independência" acaba na barra de torção e os freios discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, no modelo 1.8 os traseiros eram á tambor e a direção é do tipo pinhão e cremalheira.
O Laguna chega ao mercado com motores 1.8 de 95CV, 2.nada de 115CV, V6 de 3 litros com 170CV e os diesel 2.2 com 85CV e o turbo diesel de 115CV e mais tarde o 1.8 de injeção multiponto, o 2.nada 16V de 140CV e o V6 de 3 litros e 24 válvulas com 194CV.
A Laguna Nevada também chega ao mercado europeu, mesmos motores do Hacht.
Em outubro de 1994 na linha 1995 nada muda, mas com rivais oferendo opção de quatro válvulas por cilindro, o Laguna ganhava a opção é o 2.nada 16V só que não vinha da família F e sim da família B da Volvo e foi renomeado N na Renault, o diâmetro é de 83mm e o curso é de 90mm o que totalizavam 1948cm3, (na verdade 1.95..) dotado de injeção multiponto, a sua taxa de compressão é de 10,5:1 e com isso gerava 18.9KGFMa4500RPM e 140CVa6000RPM e isso foi em março de 1995.
Em outubro de 1995 na linha 1996 mais novidades, o 1.8 ganha injeção multiponto e com isso agora gerava 15.1KGFMa3000RPM e 95CVa5250RPM ou seja ganhou mais torque e a potência chegou mais cedo, em outubro de 1996 na linha 1997 é vez do motor PRV dá lugar ao V6 de 3 litros da família ES, com bloco e cabeçote de alumínio, cabeçote de 24 válvulas, duplo comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada, o seu diâmetro é de 87mm e o curso é de 82.7mm o que totalizavam 2946cm3, a sua taxa de compressão é de 10:1 e com isso gerava 27.3KGFMa4000RPM e 194CVa5750RPM e mostrando uma ótima potência e digna de todos os V6 disponíveis na época.
Em outubro de 1997 na linha 1998 nada muda, em outubro de 1998 na linha 1999.
A PEQUENA REESTILIZAÇÃO SE DÁ em outubro de 1998 mudavam grade, faróis , para - choques e lanternas traseiras, aliás poucas mudanças visuais tanto no sedã como na Break/Estate/Nevada que é versão perua, nos motores o 1.8, o 2.nada e o V6 de 3 litros e 24 válvulas era mantido, mas estreava o 1.616V da família K, o seu diâmetro é de 79.5mm e o curso é de 80.5mm o que totalizavam 1598cm3, a sua taxa de compressão é de 10:1 e com isso gerava 15.1KGFMa3750RPM e 110CVa5750RPM é o motor que esteve em vários Renault feitos no Brasil e está no Duster hoje em dia no Brasil, o 1.8 da família F ganhou a opção com cabeçote de 16 válvulas, a sua taxa de compressão é de 10:1 e com isso gerava 16.8KGFMa3750RPM e 120CVa5750RPM, o 2.nada 16V da volvo era substituído pelo 2.nada 16V da família F da própria Renault e com taxa de compressão de 10:1 e com isso gerava 19.2KGFMa3750RPM e 139CVa5750RPM é o motor que hoje, com algumas alterações está no Duster, nos diesel o 2.2 sem turbo dava adeus, mantinha o 2.2 Turbo Diesel e estreava o 1.9 DTi, o 1.9 Turbo Diesel da família F, o seu diâmetro é de 80mm e o curso é de 93mm o que totalizavam 1870cm3, a sua taxa de compressão é de 18,3:1 com turbo, intercooler ele gerava 20.4KGFMa2000RPM e 100CVa4000RPM esses eram os motores. para os mercados da Suécia, Finlândia e Noruega ele manteve a opção do motor 2.nada 16V da Volvo.
Nova grade dianteira, para - choques e novas lanternas, nos motores continua o 1.8, o 2.nada, o 2.nada 16V da Volvo para os países escandinavos, V6 de 3 litros e 24 válvulas e o 2.2 Turbo Diesel. e ganhou as opções do 1.616V de 110CV, 1.816V de 120CV, 2.nada 16V de 139CV para o resto da Europa e o 1.9 Turbo diesel de 100CV e mais tarde ganhou o 1.9 DCi de 107CV.
A Perua Nevada com os mesmos motores do sedã.
Em outubro de 1999 na linha 2000 chega a versão 1.9 DCi com injeção common-rail, o motor mantém as 8 válvulas e o turbo e com isso ele passou a gerar 25.5KGFMa1750RPM e 107CVa4000RPM e isso sua última alteração até migra a plataforma MS que está aqui:
COMO TODO MUNDO SABE CARRO IMPORTADO NO BRASIL tem suas complicações, afinal muitos deles, tem exclusividades que nenhum carro nacional tem, mas o preço disso é o preço das peças caras, mesmo que alguns modelos compartilhem componentes com carros nacionais. Com o Renault Laguna não é diferente dos importados daquela época com diversas peças caras.
Naquela época a Renault era representada pela CAOA que hoje representa Hyundai e Subaru no Brasil, no caso dos Hyundai ela não representa a família HB20, mas no resto a história é outra.
Ela importava o Renault 21 da Argentina, que vinha apenas com motor 2.2 da família J que gerava 18.6KGFMa3600RPM e 116CVa5800RPM era a única opção de motor disponível para o modelo.
Em outubro de 1994 na linha 1995 diante do dólar barato e precisando modernizar a Renault(leia-se grupo CAOA) resolve importar o Laguna da França, ele chega em única opção de acabamento: RXE, única opção de cãmbio: automático de quatro marchas e única opção de motor: o PRV V6 de 3 litros, 12 válvulas que gerava 24.5KGFMa4500RPM e 170CVa5500RPM e com isso ele foi de 0a100KM/H em 10.8segundos, chegou a 212KM/H e o consumo urbano foi alto: 5KM/L e o rodoviário foi de 11.5KM/L carregado e vazio foi de 12KM/L, até que na rodovia ele mostrou um consumo razoável.
O Laguna chega ao mercado nacional com motor V6 de 3 litros e 170CV, mais tarde chegava o 2.nada de 115CV e o 2.nada 16V de 140CV.
Em outubro de 1995 na linha 1996 nada muda, em março de 1996 chegava uma opção mais barata era a 2.nada, o motor 2.nada da família F gerava 17.1KGFMa4250RPM e 115CVa5750RPM aliás só por curiosidade esse motor equiparia a Scénic nacional entre 1999 e 2001, em outubro de 1997 na linha 1997 nada muda, mas em abril a Renault rompe relações com grupo CAOA por que o grupo CAOA sendo a própria Renault fazia serviços mal- feitos e denegria a imagem da Renault, a briga foi tão feia que a CAOA chegou ao ponto de até mexer no passado dos Renault fabricados aqui ela Willys: Gordini e Dauphine, pelo apelido da época e inclusive critica Renault 21 e 19 por serem carros "obsoletos e davam problema e todo momento", mas enfim quase 18 anos depois a Renault tem fábrica no Brasil, o Grupo CAOA é só subir parágrafos acima que você verá quem ele representa, mas mesmo assim, depois, houve problemas em autorizadas Renault depois disso e a CAOA chegava a ponto de mentir sobre as propagandas sobre os Hyundai que ela vendia "O Melhor carro... do mundo!" que é típico das propagandas Hyundai-CAOA, lembrando que o HB20 não tem nada a ver com isso, já que ele é "ação de mala direta" da Hyundai e com fabrica em Piracicaba-SP.
Voltando ao Laguna, o motor 2.nada 16V é de origem Volvo, ele gerava 19KGFMa4500RPM e 140CVa6000RPM, lembrando que os modelos quatro cilindros tinham câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro marchas como opcional e o 2.nada 16V substituía o 8 válvulas.
Na pista ele foi de 0a100KM/H em 11.6segundos, chegou a 204KM/H, o seu consumo urbano foi de 8.1KM/L com ar ligado e 9.5KM/L com o ar desligado, na rodovia vazio com o ar desligado ele fez 11KM/L carregado e 11.9KM/L vazio e o rodoviário com ar ligado ele fez 10.4KM/L carregado e 11.1KM/L , ou seja o consumo rodoviário é quase o mesmo do V6 pelo que eu vi...
Em outubro de 1997 na linha 1998 chegava a perua Laguna Nevada, apenas com o 2.nada 16V.
Em outubro de 1998 na linha 1999 nada muda, em março de 1999 nova grade dianteira, pequenas mudanças em para- choques, faróis e lanternas, nos motores o 2.nada 16V de origem Volvo dava lugar ao 2.nada 16V da família F que gerava 19.2KGFMa3750RPM e 138CVa5750RPM e o V6 de 3 litros e 24 válvulas agora era da família ES e gerava 27.4KGFMa4000RPM e 193CVa5750RPM, a Nevada também ganhava as alterações visuais, mas ficava apenas com o 2.nada 16V.
O Laguna renovado chegava ao Brasil com motor 2.nada 16V de 138CV e o V6 de 3 litros e 24 válvulas com 194CV.
A Nevada também é reestilizada.
Em outubro de 1999 na linha 2000 nada muda, em outubro de 2000 a Renault começa a viver com os estoques dos modelos, mas os estoques vão até 2002 e com isso a próxima geração do Laguna é importada que é feita na plataforma MS que eu linkei antes para vocês.
Como todo importado as peças dele são caras, mas é dono de um conforto e um dos Renault mais bonitos de todos os tempos, só que muitos não sabem que o Laguna é herdeiro de um carro nacional em linha reta, bom já linkei sobre o Renault 21 para você. então vamos lá o Renault 18 e o Renault 12 que dividem a mesma plataforma e esse último é parente bem próximo do Corcel:
E caso queira ir mais a fundo no passado tem a história de Gordini/Dauphine:
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