Projeto Chambrin: O Carro movido á água vítima de sabotagens.

O CARRO MOVIDO Á ÁGUA, EIS UM CASO INTERESSANTE DE UM BRASILEIRO.
No final dos anos 1970 começava o Proálcool o programa do combustível movido a cana de açúcar e também começava a lei que proibia carros de passeio á diesel desde 1976 e vai até hoje.
Essa matéria foi sugestão de outro leitor, ele achou no blog do Celio Siqueira, aliás se quiser mais detalhes dessa história eu vou linkar a matéria aqui, por que eu não vou dar muito detalhes disso:
O Carro escolhido para ser cobaia foi justamente o Corcel I, como você sabem, os últimos Corcel I eram equipados com motor Renault Sierra Familia C 1.4 que gerava 11.5KGFMa3500RPM e 68CVa5400RPM é o modelo "comum" é claro e não o GT um pouco mais potente, mais detalhes:
Quero deixar claro aqui: Longe de mim, fazer sensacionalismo barato ou outra coisa, mas vamos em busca de certos fatos, primeiro o motor foi modificado, pistões, bielas e outras peças para andar na água, ou seja seria algo bem interessante, mas o projeto foi sabotado por várias razões, inclusive até o SNI(Serviço Nacional de Inteligência) resolveu sabotar esse projeto e por que? vamos lá:
EXISTIA A DITADURA MILITAR e muitos usineiros começavam a ganhar dinheiro no Proálcool, inclusive subsídio em dinheiro , não interessava a eles um carro movido á água é bem provável que existia pressões nos políticos do período e certamente sabotaram o projeto, mas água é solução? na época era, em algumas regiões, mas no semiárido do Nordeste fica complicado e agora em São Paulo teve uma seca bem grande, então acho que água hoje seria bem  complicado e o preço dá água seria elevado até as últimas consequências, nesse caso, não que eu concorde com sabotagens, longe disso.
Mas acho que até foi melhor assim, mas poderia ser feito e viável tecnicamente, sim como mostrou.
A LEI DO DIESEL: Existem países como na  Europa e na Argentina é comum carros de passeio á diesel e no caso da Argentina as picapes á diesel são mais antigas que no Brasil e até o Dodge Coronado/Polara chegou a ter uma versão á diesel na terra do tango mais detalhes aqui:
Nos EUA e na Austrália, são casos interessantes, no caso do primeiro carro de passeio á diesel e até picapes de "serviço leve" á diesel eram bem raras e o americano não gostava, na Austrália é um caso curioso: as picapes tinha opção á diesel, carros de passeio raramente um caso é o Holden Gemini que é versão do Chevette na terra dos cangurus, se quiser mais detalhes aqui:
Só que hoje os estadunidenses, estão cedendo ao diesel e os australianos, tanto que a Colorado(versão americana da nova S10) vai ganhar o nosso 2.8 Turbo Diesel, mas o Brasil? em 1976 só carros que carregam 1 tonelada, podiam ser á diesel, ou tivessem 4x4 e reduzida. então carros de passeio á diesel raramente existiam no Brasil, aliás o único carro "ilegal" é a Saveiro Diesel da Volkswagen e lógico carros com motores á diesel tomaram rumo ao exílio, mas a ditadura caiu em 1985, mas lei não caiu, passou Sarney, Collor,Itamar, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff e a lei não caiu, aliás vi no site Flatout que a lei que derruba isso foi no congresso duas vezes e foi derrubada e agora o por que? assim como aconteceu com o carro á água, muitos deputados e senadores(eu não vou dizer nomes, por que não sei quem é quem), são financiado por usineiros e aí com isso eles tem "rabo preso" com eles e aí lógico jamais vão aprovar uma lei que vai contra os "patrões" (independente de qualquer partido, longe de mim acusar se é esse ou aquele partido).
 
Mas o que tem haver com o carro á água? sabotagem e interesse dos usineiros, só isso, mas o que tem  contra o carro á álcool? nada. só acho que existem interesses e derrubar eles é complicado e então por isso o carro á agua, não foi para frente e carros á diesel de passeio no Brasil, só se tiver 4x4 com reduzida, se não você esquece isso, ah, e vamos ser justo, em 1992 houve uma liberação que utilitários esportivos que carreguem equivalente a 1 tonelada podem ser á diesel.
 

Comentários

  1. Meu avô trabalhou no projeto desse motor, em paralelo com o desenvolvimento do motor movido a álcool. Ele tinha em casa vários documentos de como foi fabricado o motor. Mas também comentava que não seria comercialmente viável, porque precisaria de água SUPER pura, sem resíduos ou qualquer mistura, caso contrário com o tempo o motor sempre precisaria de limpeza especial. Por fim, era mais caro do que um motor a álcool ou gasolina.

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  2. Confesso que achei o seu comentário bem interessante, mas infelizmente as sabotagens existiram, mas enfim isso acontece. de fato a comercialização não ser viável, mesmo que fosse tecnicamente "barato" os Usineiros não iam deixar!

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  3. Geet Pantone, patenteou isso, é é mais limpo que qualquer outro combustível até oléo crú vira combustível nesse sistema , reforma de vapor,

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  4. Além da necessidade de uma água muito purificada, praticamente desmineralizada, para poder fazer a reação que libera hidrogênio, na prática a energia gerada pela combustão desse hidrogênio ainda é inferior à que de despende para promover a hidrólise. No caso do tal reator Chambrin, na prática o que fazia era vaporizar o álcool e a água, de forma bastante parecida com o que ocorreria num dia chuvoso de verão quando ainda é quente mas a umidade relativa do ar alta acaba permitindo o uso de uma mistura empobrecida, mas daí a se dizer que o carro era "movido a água" seria exagero

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    1. Faz sentido, é que na época veio as notícias e lógico hoje se sabe que seria inviável, mas de qualquer forma, mesmo que fosse viável os usineiros,iam impedir.

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    2. Nesse caso, como invariavelmente se fazia necessário o uso de uma proporção de álcool, os usineiros teriam a parte deles do lucro garantida. Mas o projeto era inviável porque a idéia de usar água como combustível já nasceu morta.

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    3. Faz sentido, mas tudo bem, sei que os usineiros inviabilizaram o carro á diesel no Brasil, quanto no mundo era viável(hoje não dá mais)

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    4. Se os usineiros inviabilizaram o carro a diesel, o pessoal da soja podia pleitear pelo biodiesel ou pelo HVO.

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    5. Sobre o biodiesel no início dos anos 2000(lá de 2003 até 2006) houve muita pesquisa, depois não sei o que aconteceu.

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    6. O problema com o biodiesel, que começou no exterior, é ser mais difícil de vaporizar durante a autolimpeza forçada do filtro de material particulado em motores que tenham esse dispositivo. Já o HVO, que a própria Petrobras chegou a apresentar em 2007 com nomenclatura comercial H-Bio, ficou de lado em meio ao alarde sobre o pré-sal.

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    7. Obrigado pela informação! bacana saber disso.

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