ELE FOI O PRIMEIRO "CARA-CHATA" DA VOLVO E O ÚLTIMO DOS BICUDOS DA MARCA, CHEGOU A SER O CAMINHÃO MAIS POTENTE DO PAÍS.
Em 1990 o então presidente Fernando Collor de Melo "Abriu os portos as nações amigas", afinal as importações estavam fechadas desde 1976 para carros e também caminhões e motos. No segmento de caminhão é mais complicado emplacar um importado e entende-se: afinal nenhum motorista ou transportador quer ficar na mão por causa daquela peça importada que não chegou ao país, como consequência perder dinheiro, mas a Volvo decidiu arriscar, já que os bicudos NL consolidados:
Para quem quer saber mais detalhes a matéria contando a história dos NL O Fabricante de Curitiba decidiu importar algo da Suécia.
A CHEGADA AO MERCADO NACIONAL: Com a linha "bicuada" já nacional e lógico sem preparação para receber um novo modelo na época, chega em março de 1994 o Volvo FH o primeiro "cara-chata" da marca a por as rodas em solo brasileiro, veio apenas na versão 4x2 e na cabine alta: Globettroter, o câmbio era manual de 14 marchas, o motor era totalmente novo era o D12C com bloco e cabeçote de ferro, mas trouxe comando de válvulas no cabeçote acionado por engrenagens,o seu diâmetro é de 131mm e o curso era de 150mm o que totalizavam 12.130cm3 era um seis cilindros em linha de 12 litros, turbo, intercooler e outra novidade: injeção totalmente eletrônica e com isso passou a gerar 189KGFM a 1100RPM e vai até 1300RPM e 380CV a 1700RPM e vai até 1800RPM não era o mais potente nem da linha Volvo, na época era NL 120 420, mas mesmo assim não fez feio. A sua suspensão era dependente tipo eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos, os freios são a ar comprimidos e a tambor nas quatro rodas. ele tinha um tanque de 300 litros de um lado e outro de 425 litros do outro e com isso totalizavam 725 litros.
O FH12 chega ao mercado nacional importado da Suécia e o motor era o seis cilindros em linha 12 litros turbo diesel de 380CV.
Em outubro de 1994 na linha 1995 nada muda, aliás o curioso que ele só vinha nas cores branca e vermelha, em outubro de 1995 na linha 1996 nada muda e o por incrível que pareça: o modelo fez um sucesso mais do que esperado pela Volvo, em outubro de 1996 na linha 1997 nada muda, em outubro de 1997 na linha 1998 nada muda.
O FH SE TORNA NACIONAL: Em agosto de 1998 na linha 1999 o FH 12 380 passa a ser fabricado no Brasil, inclusive as mesmas especificações do importado, o que muda é mais uma opção de cor: a Azul que se juntava a branca e a vermelha, o câmbio continuava o mesmo ,assim como o motor e a opção 4x2.
O FH12 se torna nacional e o mesmo motor do importado.
A CHEGADA DO "BICUDO" NH12 se dá em julho de 1999 na linha 2000 ele foi baseado no VNL norte-americano da época, o câmbio seguia o FH 12 que ganhava para-choques na cor do veículo, o motor também era o seis cilindros Volvo D12C nacionalizado agora, mas com uma diferença: além da opção de 380CV herdada do FH importado chegava o 420 que gerava 204KGFM a 1100RPM e vai até 1300RPM e 420CV a 1700RPM e vai até 1800RPM e na época junto com o Scania 124 se tornaram os caminhões mais potentes do país, além da opção 4x2 viria a opção 6x4 com foco no fora de estrada e o tanque para esse é 535 litros, vale lembrar que era comum fazer 6x2 por fora não tinha 6x2 de fábrica na época. Para o FH além do visual ele ganhava opção 6x4 e o motor de 420CV na companhia do 380CV que esteve com ele desde quando era importado da Suécia.
O Volvo NH chegava ao mercado inspirado no VNL norte-americano além do 380CV estreava o seis cilindros 12 litros turbo diesel calibrado para 420CV.
O Volvo FH ganhava para-choques dianteiros na cor do veículo e além do 380CV que vinha com ele desde quando era importado, estreava o 420CV já citado no NH.
Uma diferença é notada: os "cara-chatas" já davam sinais de avançar nos 1980, começaram a avançar de vez, mas mesmo assim os caminhões bicudos ainda tinham mercado, em outubro 2000 na linha 2001 nada muda, em outubro de 2001 na linha 2002 nada muda só duas novidades na concorrência: a chegada do Scania R 164 V8 480 e do Mercedes-Benz 1944 S o deixam como o terceiro caminhão mais potente do mercado nacional, ou seja perde duas posições, em outubro de 2002 na linha 2003 nada muda.
MAIS POTENTE E CHEGADA DO FACELIFT PARA O FH em outubro de 2003 na linha 2004 tanto o NH 12 com o FH 12 ganha uma opção mais potente: era o seis cilindros em linha de 12 litros, turbo diesel calibrado para gerar 224KGFM a 1100RPM e vai até 1300RPM e 460CV a 1700RPM e vai até 1800RPM e isso o deixava como o segundo caminhão nacional mais potente e entre os bicudos o Volvo NH12 assumia posto de caminhão nacional mais potente. Para o FH 12 além do novo motor, veio o facelift com nova grade dianteira, para-choques, faróis e lanternas, além de ganhar a opção de 460CV, manteve as opções de 420CV e 380CV. Outra novidade tanto para o FH como para o NH era a estréia do 6x2 de fábrica.
O NH ganha o motor seis cilindros de 12 litros e 460CV.
O FH ganha o facelift e junto com ele o motor 12 litros, dois anos mais tarde ele estreava o novo seis cilindros de 13 litros, 24 válvulas e turbo diesel com 400CV, 440CV, 480CV e 520CV e esse se torna o caminhão nacional mais potente do seu tempo.
Em outubro de 2004 na linha 2005 nada muda, em outubro de 2005 na linha 2006 diante da queda nas vendas dos bicudos por causa da lei comprimento máximo do bitrem, o NH dá adeus ao mercado era o último bicudo da Volvo, já FH se adaptava a nova legislação anti-poluentes e trocava o motor Volvo seis cilindros D12C pelo D13A esse era também seis cilindros em linha, e com comando de válvulas simples no cabeçote acionado por engrenagens, mas agora contava com cabeçote 24 válvulas, mas trouxe como novidade injeção eletrônica common-rail, turbo e intercooler, o seu diâmetro agora era de 131mm e o curso era de 158mm o que totalizavam 12.800cm3 era na verdade um 12.8 e agora vinha com quatro opções de potência: a primeira gerava 204KGFM a 1050RPM e vai até 1400RPM e 400CV a 1400RPM e vai até 1800RPM, a segunda calibração gerava 224KGFM a 1050RPM e vai até 1400RPM e 440CV a 1400RPM e vai até 1800RPM, a terceira calibração gerava 245KGFM a 1050RPM e vai até 1400RPM e 480CV a 1400RPM e vai até 1800RPM e por último era o que gerava 255KGFM a 1050RPM e vai até 1450RPM e 520CV a 1500RPM e vai até 1800RPM e se torna o caminhão mais potente fabricado do Brasil naquela época, superando o Scania R 164 480 o então caminhão mais potente do país. ele mantém o câmbio manual de 14 marchas, mas estreava o i-Shift que é o manual-automatizado de 12 marchas. Os modelos disponíveis eram 4x2, 6x2 e 6x4 esse último com foco rodoviário. No tanque de série ele vinha com 615 litros(405 do lado esquerdo e 210 do lado direito), sendo que existia como opcional o de 700 litros( o do lado esquerdo aumentava para 490 litros), o de 900 litros( era 570 litros do lado esquerdo e 330 litros do lado direito), o de 1015(610 litros do lado esquerdo e 405 litros do lado direito), o de 1180(690 litros do lado direito e 490 litros do lado esquerdo), o de 1060(730 litros do lado direito e 330 litros do lado esquerdo) e o de 1200 litros( 810 litros do lado esquerdo e 405 litros do lado direito). Os freio seguiam o mesmo esquema assim como a suspensão.
Em outubro de 2006 na linha 2007 nada muda, em outubro de 2007 na linha 2008 nada muda, em outubro de 2008 na linha 2009 nada muda, em abril de 2009 na linha 2010 chegava o ESP para o modelo, em outubro de 2010 na linha 2011 nada muda.
A ÚLTIMA MUDANÇA DA PRIMEIRA GERAÇÃO SE dá em outubro de 2011 na linha 2012 para se adaptar as novas leis anti-poluentes, o motor passava por alterações e com isso motor Volvo D13A vira D13C e com isso vem aumentos de potência e torque, o 400 dá lugar ao 420 e com isso ele gera 214KGFM a 1000RPM e vai até 1400RPM e 420CV a 1400RPM e vai até 1900RPM, o 440 dá lugar ao 460 que agora gerava 235KGFM a 1000RPM e vai até 1400RPM e 460CV a 1400RPM e vai até 1900RPM, o 480 dá lugar ao 500 e esse passa gerar 255KGFM a 1050RPM e vai até 1400RPM e 500CV a 1400RPM e vai até 1900RPM e o 520 dá lugar ao 540 e esse passa a gerar 265KGFM a 1050RPM e vai até 1450RPM e 540CV a 1450RPM e vai até 1900RPM. Suspensão, freios e tanque de combustível mantidos, mas ele já não era o nacional mais potente desde 2010 quando a Scania nacionalizou o R 580 V8 e ao mesmo tempo que o FH passa a ter 540CV a Scania lançava o R 620 V8 e até a Mercedes-Benz chegou a ter o Actros V8 de 550CV então o Volvo ficava para trás.
Para a linha 2012 o motor seis cilindros de 13 litros, 24 válvulas, turbo diesel passa por alterações para gerar 420CV, 460CV, 500CV e 540CV.
Em outubro de 2012 na linha 2013 nada muda, em outubro de 2013 na linha 2014 nada muda, em outubro de 2014 na linha 2015 nada muda e em setembro de 2015 chegava a segunda geração do FH e com isso é uma outra história.
A geração "H" da Volvo teve o mérito de ser o primeiro cara chata da Volvo vendido e depois fabricado no país, chegou a ter versão bicuda que era o NH, mas o mercado acabou dando preferência para os cara-chatas. o FH chegou a ser o caminhão nacional mais potente na versão 520 entre 2005 e 2010 quando perdeu para o Scania R 580 6x4 até hoje tem seus fãs, mas o adeus um dia ia chegar e ele chegou, ao menos a segunda geração mantém o último motor da primeira geração no Brasil.
Porque o volvo NH saiu fora de linha e o Mercedes bicudo continua a ser fabricado
ResponderExcluirEu acredito que vendas, mas mesmo assim o Mercedes-Benz "bicudo" em 2005 sofreu uma espécie de "enxugamento" da linha, se não me engano apenas o 1318, o 1620 e o LS 1634 continuaram no line-up para 2016, já na linha 2012 o 1318 virou 1329, o 1620(que na época já era 6x2) virou 2324 e o LS 1634 virou LS 1635 e todos renomeados Atron e no final de 2015 os 1319 e 2324 saíram de cena, assim como os "cara-chata" da linha Atron e só sobreviveu o LS 1635 e esse até a Mercedes-Benz não sabe até quando, mas é provável que logo saia de cena também.
ExcluirMetragem do veiculo. Um NH trelado em um Rodotrem da excesso! Logo as vendas caem, o líder em vendas e o FH, aí não faz sentido produzir o NH.
ResponderExcluirExatamente, tanto que se ver a matéria vai ver sobre a lei do comprimento máximo de bitrem e rodotrem(ok, coloquei apenas bitrem, mas pode incluir os rodotrem na conta).
ExcluirVolvo nunca ficou pra traz em potencia, o FH 520 surrava o Scania 580 e o MB 2655
ResponderExcluirOlha em termos de potência nominal ele perdia, mas tem a questão do câmbio e outras coisas, agora se o desempenho do FH 520 era melhor que o Scania R580 V8 e MB Actros 2655 aí eu não sei.
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