POST 3300:ALFA ROMEO-FNM 180/210/ FIAT 180/190: O "FENEMÊ" DA TRANSIÇÃO

LANÇADO NA GESTÃO ALFA ROMEO TERMINOU SEUS DIAS COMO FIAT.

A Alfa Romeo controlava a FNM desde 1967 e manteve a produção do D-11000, mas a própria Alfa Romeo detectou necessidade de mudanças, afinal o Scania L111 "Jacaré" se modernizava na mecânica e os Mercedes L-1113 se tornavam sucesso de vendas e então foi hora de mudar.
    Decidiu escolher justamente o último caminhão feito na Itália pela Alfa Romeo: o Mille que havia sido aposentado em 1964, lembrando que o D-11000 deriva de um modelo pré-segunda guerra mundial.

A CHEGADA AO MERCADO SE DÁ em outubro de 1972 na linha 1973 e agora não se chamavam mais de D-11000 eram os modelos 180 e 210, o primeiro estava disponível em 4x2 e 6x2 e o último era um cavalo-mecânico 4x2 que podia tracionar um carreta de três eixos, era o único ao lado do "Scania Jacaré", no 180 o câmbio era manual de oito marchas e para o 210 era o manual de doze marchas, no caso do primeiro quatro normais e quatro reduzidas e no segundo, seis normais e seis reduzidas. Inclusive até abandonava alavanca de redução no painel e adotava o "Split", nos motores para o 180 ele herdava o motor seis cilindros em linha de 11 litros chamado de ARS1610  com bloco e cabeçote de alumínio, comando de válvulas no cabeçote acionado por engrenagens, o seu diâmetro era de 125mm e o curso era de 150mm o que totalizavam 11050cm3, a taxa de compressão era de 17:1 e com isso gerava  67KGFM a 1200RPM e 180CV a 2000RPM para o 210 vinha esse mesmo motor, mas calibrado para gerar 72KGFM a 1200RPM e 215CV a 2200RPM era o FNM mais importante até então e o motor tinha bomba injetora por atuação direta. O seu tanque era de 150 litros e  200 litros para o 210  . A sua suspensão era dependente por eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos e os freios eram a tambor nas quatro rodas com atuação por ar comprimido. Apesar do chassi do 210 aguentar uma carreta dois eixos, o motor realmente se mostrou fraco em termos de desempenho, a potência era bruta, líquidos ele tinha ao redor 172CV e o 180 tinha ao redor de 144CV, ou seja: não eram muito potentes e o motor era á diesel e aspirado como no antecessor.

O Alfa Romeo FNM 180 chegava ao mercado  o motor é o seis cilindros em linha de 11 litros á diesel com 180CV.


Aqui a versão 6x2  do FNM 180, usava o mesmo motor.

O FNM 210 com motor seis cilindros em linha de 11 litros calibrado para 215CV. 

Em outubro de 1973 na linha 1974 nada muda e a Fiat assume 43% das ações da Alfa Romeo-FNM, em outubro de 1974 na linha 1975 nada muda, em outubro de 1975 na linha 1976 nada muda, em outubro de 1976 na linha 1977 nada muda.

A CHEGADA DE UM NOVO MOTOR FIAT : Em outubro de 1977 o 210 dá adeus é substituído pelo 190, mas o 180 que herdava o  seis cilindros de 11 litros com a calibração do 210, mas agora com valores líquidos: a taxa de compressão caia para 15:1 e com isso ele gerava 67KGFM a 1200RPM  e agora se chamava Fiat 180 e o 190 que entrava no lugar do 210 era  o cavalo-mecânico 4x2 estreava o motor Fiat 8210  de seis cilindros em linha e 14 litros,com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro é de 137mm e o curso é de 150mm o que totalizavam  13.798cm3, a sua taxa de compressão é de 16:1 e com isso gerava 97KGFM a 1200RPM e 260CV a 2200RPM, sendo o caminhão aspirado mais potente do seu tempo. O motor tinha bomba injetora de atuação direta.

O FNM 180 é renomeado Fiat 180 e o motor seis cilindros de 11 litros agora gerava 193CV líquidos.

O 190 chegava ao mercado e estreava o seis cilindros de 14 litros com 260CV.

Em outubro de 1978 na linha 1979 nada muda, mas em outubro de 1979 na linha 1980 a segunda geração dos "Fenemês" sai do mercado, mas o curioso é que o motor de 14 litros foi parar no sucessor dele que é o 190 de segunda geração e com evoluções anos mais tarde voltaria ao Brasil embaixo da cabine do Eurotech.


Esse foi o "Fenemê" da transição, começou sob administração Alfa-Romeo e herdou até o motor de 11 litros do antigo D-11000 só que melhorado, mais tarde sob administração Fiat ganhou o motor de origem Fiat, mas acabou dando adeus, para alguns foi meio "cedo" afinal o 140 jamais seria um sucessor do 180 em linha direta e o novo 190 vou contar a história em detalhes outra hora.


Comentários

  1. Qual o consumo de combustível do Fiat 180?

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    1. Infelizmente caminhão é díficil de saber, por que varia o peso da carga, etc... e também tem outros também: no caso eu acredito que a grande totalidade trabalhando não está com motor original, talvez com motor MB, Scania ou Volvo.

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