A SEGUNDA GERAÇÃO DOS CAMINHÕES CHEVROLET: O PRIMEIRO DIESEL DA GMB

A SEGUNDA GERAÇÃO DOS CAMINHÕES CHEVROLET FOI A PRIMEIRA A TER MOTOR Á DIESEL.

A General Motors já tinha um bom tempo de Brasil, no país desde 1925 só fazia produtos em CKD até a década de 1950, quando em 1953 passou a ser ônibus, caminhões e picapes.

  

   Em outubro de 1958 passou a produzir o C-6400/6500 conhecido como "Chevrolet Brasil" e as picapes 3100 também eram chamadas assim:

Caso esteja curioso pela picape 3100 a matéria está aqui. E aí em março de 1964 a GM supreende e parte para o projeto "casca local+chassi norte americano" algo que se verificou na C14 e C15(futuramente Série 10). 

ELE HERDA ALGUMAS COISAS DO ANTECESSOR: O C60 chegava ao mercado com algumas heranças do antecessor, o câmbio era manual de quatro ou de cinco marchas dependendo da escolha do cliente(ou seja o manual de quatro marchas voltava como opcional), o motor seis cilindros 261 de 4.3 litros pertence a segunda geração de motores seis cilindros da Chevrolet com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro era de 92mm e o curso era de 100mm o que totalizavam 4278cm3, a sua taxa de compressão era de 7,8:1, mas trazia alterações ele agora gerava 32.1KGFM a 2400RPM e 151CV a 4800RPM era nove cavalos mais potente que o antecessor e lembrando era á gasolina e dotado de carburador de corpo simples. A sua suspensão era dependente tipo eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos, os freios eram a tambores nas quatro rodas e a direção era setor e rosca sem fim. afinal era rústico como todos os caminhões do seu tempo e o tanque de combustível era de 105 litros.

O C60 chegava ao mercado de início com motor seis cilindros 261 de 4.3 litros e 151CV.

A CHEGADA DO MOTOR Á DIESEL:  Foi em março de 1965 quase quatro anos depois da Ford e sete anos depois do começo da produção nacional, o motor era o Perkins  6-357 .seis cilindros 5.8, o seu diâmetro é de 104.1mm e o curso é de 114.9mm o que totalizavam 5840cm3, a sua taxa de compressão é de 15:1 e com isso gerava 40.4KGFM a 1350RPM e 140CV a 3000RPM e na grade dianteira em vez do símbolo da Chevrolet estava "Diesel " em referência ao motor á diesel que tinha bomba injetora mecânica de atuação indireta

O D-60  chegava ao mercado com motor seis cilindros 5.8 á diesel de 140CV., mais tarde chegava o Detroit Diesel de 3.5 litros dois tempos e 145CV.

Em outubro de 1965 na linha 1966 nada muda, em outubro de 1966 na linha 1967 nada muda, em outubro de 1968 na linha 1969 nada muda.

A CHEGADA DOS C-70/D-70  se dá em outubro de 1969 na linha 1970 os modelos C e D-70 tinham rodas raiadas e maior capacidade de carga, já os motores eram os mesmos seis cilindros 261 de 4.3 litros á gasolina e o seis cilindros Perkins 5.8 á diesel herdado do D60.

O D-70 chegava ao mercado trazia rodas raiadas e maior capacidade de carga e o motor era o mesmo Perkins 5.8 á diesel e também tinha o C-70 com o seis cilindros 261 4.3 á gasolina herdados do C-60.

Em outubro de 1970 na linha 1971 nada muda, em outubro de 1971 na linha 1972 estreava o motor seis cilindros 292 de 4.8 litros da terceira geração de motor seis cilindros da Chevrolet da mesma família do 4.1 do Opala com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro é de 98.4mm e o curso é de 104.6mm o que totalizavam 4777cm3, a taxa de compressão é de 7.5:1 e dotado de carburador de corpo simples e com isso gerava 38.6KGFM a 1600RPM e 161CV a 3800RPM era uma forma de melhor competir com os V8 á gasolina de Chrysler e Ford, afinal na década de 1960 Ford e Chevrolet alternavam liderança do mercado nacional, até que a Mercedes-Benz consolidou a liderança da década de 1960 até 2002 e voltou a liderar em 2015 até essa data(19/12/2017). Em outubro de 1972 na linha 1973 nada muda  Em outubro de 1973 estourava a crise do petróleo e os caminhões á gasolina começavam a ficar inviáveis. Em outubro de 1974 na linha 1975 nada muda.

A CHEGADA DO DETROIT DIESEL se dá em outubro de 1976 na linha 1977 ele equipava os D-60 e 70, o Perkins continuava como opção, o novo motor era um dois tempos, quatro cilindros em linha, bloco e cabeçote de ferro, o seu diâmetro é de 98.4mm e o curso é de 114mm o que totalizavam 3475cm3, a sua taxa de compressão é de 21:1, com bomba injetora de atuação direta e com isso gerava 38.5KGFM a 1800RPM e 145CV a 2800RPM, apesar de potente para época o motor não convenceu, afinal ele sofreu forte rejeição por exigir regime de trabalho mais elevado. Em outubro de 1977 na linha 1978 nada muda, em outubro de 1979 na linha 1980 nada muda só adeus dos motores Detroit Diesel que não convenceram o mercado e fábrica passou a ser usada para fazer os motores Família II para o Monza e outros modelos depois(decisão acertada na época, para mim). 

NOVA GRADE DIANTEIRA, D-80 E MOTOR Á ÁLCOOL: A linha 1981 trouxe novidades, além do C-60,C-70.D-60 e D-70 eles ganharam mais membros: os A-60 e A-70 e os D-80 6x2 e do D-70 6x4, para toda a linha o tanque de combustível foi ampliado para 150 litros e os motores agora tinham torque e potência em valores líquidos o seis cilindros 261 de 4.3 litros dava o seu adeus, já o seis cilindros 292 de 4.8 litros á gasolina agora tinha torque e potência em valores líquidos e com isso passou a gerar 32.1KGFM a 1600RPM e 129CV a 3800RPM e estreava o Seis cilindros 292 de 4.8 litros á álcool conhecido como "canavieiro" e  com isso ele passou a ter taxa de compressão de 9,5:1, carburador de corpo simples e com isso passou a gerar 32.6KGFM a 2600RPM e 143CV a 4000RPM,  o Perkins seis cilindros 5.8 á diesel agora se chamava 6-358 e ganha injeção direta com isso  gerava 36.1KGFM a 1400RPM e 127CV a 3800RPM .O D-80 era a versão 6x2 do D-60 e o D-70 6x4 era uma resposta ao Ford F-22000 6x2 e o Mercedes-Benz L2213.

O A-60 chegava ao mercado e estreava o seis cliindros 292 4.8 á álcool de 143CV e o seis cilindros 292 á gasolina tem a potência em valores líquidos: 129CV.

O A-70 com o mesmo motor do A-60 e com rodas raiadas.

O D-70 mantinha o tradicional Perkins 5.8 seis cilindros só que agora com 127CV líquidos  e também era usado no D-60.

O D-80 que era versão 6x2 do D-60 e com o mesmo Perkins 5.8 á diesel.

O D-70 6x4 com mesmo Perkins 5.8 á diesel.

Em outubro de 1981 na linha 1982 nada muda, em outubro de 1982 na linha 1983 nada muda, em outubro de 1983 na linha 1984 nada muda, em outubro de 1984 na linha 1985 sem alterações e em outubro de 1985 ele dá lugar a nova geração de caminhões Chevrolet e aí é a outra história.

  A Segunda geração os caminhões Chevrolet ficou 21 anos no mercado, chegou a ter motor dois tempos Detroit Diesel mas foi apedrejado, nos anos 1980 chegou a ser o único caminhão a ter opção de motor á gasolina, já que a Ford já havia se "diesielaziado" e a Volkswagen herdeira da Chrysler só mantinha o V8 318 á álcool, o Perkins acompanhou ele quase a vida inteira dessa geração, pena que os sobreviventes hoje muitos estão com motor de 1113.