PUMA 4T/914/7900: O FELINO PARA CARGAS

OS CAMINHÕES PUMA FORAM OS ÚLTIMOS VEÍCULOS DA MARCA

Nós sempre nos lembramos de Mercedes-Benz que faz carros luxosos e caminhões, nos lembramos da Volvo que também fez isso e dá associação Saab com a Scania, sem contar Chevrolet e Ford por exemplo(inclusive a filial brasileira dessa última) e até mesmo a Volkswagen brasileira herdada do espólio da Chrysler.

   Um fabricante de carros esportivos resolveu entrar nesse mercado: isso mesmo a Puma que ficou famosa pelos GTE/GTS e o GTB

Os GTE/GTS estão na matéria do Fusca e usam chassi e motor desse com carroceria de fibra de vidro  

O GTB que tinha chassi próprio, mas o motor do Opala. 

 A Puma além dos esportivos começou a fazer cabine de fibra de vidro que entravam no lugar das que enferrujavam, especialmente os Ford e Chevrolet que tinham problemas crônicos e aí o sucesso das cabines fez a marca do felino mergulhar de cabeça.

A CHEGADA DOS CAMINHÕES: Se dá em fevereiro de 1979 com carroceria de fibra de vidro como era praxe nos Puma, o modelo era bem quadrado e tinha faróis redondos.O câmbio era manual de cinco marchas, o motor era o Perkins 3.9 á diesel com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas , o seu diâmetro era de 98.4mm e o curso era de 127mm o que totalizavam 3860cm3, a sua taxa de compressão era de 16:1 e dotado de bomba injetora mecânica gerava 25.6KGFM a 1600RPM e 82CV a 3000RPM  . Ele tinha suspensão por eixo rígido com feixe de molas e amortecedores de duplo estágio  nos dois eixos, os freios eram tambores nas quatro rodas. O seu tanque era de 130 litros, considerando que muitos médios da época tinham 150 litros a autonomia era maior

O 4T chegava ao mercado com motor Perkins 3.9 á diesel de 82CV e chegava o 2T com motor três cilindros MWM 229-3 de 63CV

Em outubro de 1979 na linha 1980 nada muda, em outubro de 1980 na linha 1981 chegava o 2T que vinha com rodado simples e motor MWM 3 cilindros de 2.9 litros, o seu diâmetro é de 102mm e o curso é de 120mm o que totalizavam 2940cm3, a sua taxa de compressão era de 18:1 e com isso gerava 19.4KGFM a 1600RPM e 63CV a 3000RPM.  Em 1981 duas desgraças para a Puma acontecem: a volta de Kits CKD(dos esportivos GTE) dos Estados Unidos e a enchente na fábrica o que começa a respingar mais tarde, em março de 1982 chegava os modelos 1982 e nada muda, em outubro de 1982 na linha 1983 nada muda, em outubro de 1983 na linha 1984 na linha 1985 nada muda, em abril de 1985 a Puma vai  a falência.

O RENASCIMENTO: Um fã da marca compra toda fábrica, ferramental e transfere a fábrica para Curitiba e os caminhão retorna ao mercado, o 4T além do Perkins em outubro de 1989 na linha 1990 era retorno com os modelos 2T e 4T inclusive mantendo os motores de antigamente e a estréia do MWM 229-4 que era a versão 4 cilindros, com isso a cilindrada total é de 3922cm3 e sua taxa de compressão é de 18:1 e com isso gerava 25.3KGFM a 1600RPM e 83CV a 3000RPM. Para o 2T o motor de três cilindros era mantido. O 6T não chegou as linhas de produção é uma pena.

A CHEGADA DO 914 Se dá em outubro de 1991 na linha 1992 com nova grade dianteira, faróis,para-choques e mudanças no interior, além de freios á disco na dianteira, no motor o MWM ganhava mais potência: passava a 87CV a 3000RPM e mantinha o torque era o mesmo MWM 229-4 e a grande novidade era a opção de cabine dupla com quatro portas.

O 914 chegava ao mercado , na foto o modelo cabine dupla e o motor MWM 3.9 á diesel vai a 87CV.

Nessa época a Alfa Metais já havia deixado de produzir seus esportivos já que os importados tomaram conta nesse segmento, era linha 1992. Em outubro de 1992 na linha 1993 nada muda, em outubro de 1993 na linha 1994 nada muda, em outubro de 1994 na linha 1995 segue sem alterações, em outubro de 1995 na linha 1996 nada muda.

A CHEGADA DO ÚLTIMO DOS PUMA: O 7900 esse caminhão foi lançado em outubro 1996 na linha 1997 era basicamente um facelit leve no 914 com novos faróis, o motor era o MWM Série 10 com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no cabeçote acionado por engrenagens, o seu diâmetro era de 103mm e o curso era de 129mm o que totalizavam 4300cm3, a sua taxa de compressão era de 16,3:1 e com bomba injetora de atuação direta ele gerava 27KGFM a 1900RPM e 95CV a 2800RPM era o mesmo do Volkswagen 7-100, os caminhões Puma estão raros de se ver hoje em dia, esse é ainda mais raro.

O 7900 chegava ao mercado com nova grade e faróis, o motor 4.3 diesel MWM  gerava 95CV

Em outubro de 1997 na linha 1998 nada muda, em outubro de 1998 na linha 1999 nada muda e em 1999 a Puma deixa de fabricar o seu último veículo.

  A Puma sempre foi famosa pelos esportivos, mas o seu último modelo foi um caminhão, pena que a devolução dos CKD(Kit na verdade, mas é a mesma coisa quase) e a enchente ferraram com a vida da Puma, teve o renascimento, mas mesmo assim não deu fôlego suficiente, aliás até hoje o único caminhão nacional a ter cabine em fibra de vidro(tem alguns Fenemê, mas a cabine deles era variada no início).