GMC 7-110/15-190/5-90: OS JAPONESES DA GM

ELES FORAM OS ÚNICOS CAMINHÕES "CARA-CHATA" DA GM NO BRASIL.

 Em 1995 a GM decide encerrar a produção de caminhões Chevrolet no Brasil, já havia mandado o 6000(antigo D-40) para a produção argentina, ao mesmo tempo a marca traz os caminhões GMC que vinham dos Estados Unidos ou da Japonesa Isuzu, além do próprio 6000 que foi renomeado 6-100 e 6-150 não confundir  com os 6-100 e 6-150 que tiveram a matéria histórica aqui embaixo:

   Em outubro de 1996 na linha 1997 a GM continuava importado os modelos, até que em outubro de 1997 ela passa a fabricar todos os modelos GMC no Brasil, embora com fortes componentes importados, o que mais tarde lhe custou caro, além do 6-100/6-150 e dos 12-170/14-190 e 16-200, a GMC nacionalizava o leve 7-110 e o médio 15-190 esse último em opções 4x2 e 6x2, eram derivados de caminhões Isuzu japoneses.

O 7-110 NACIONALIZADO FICAVA  na posição intermediária, entre o 6-100 e o 6-150, o câmbio era manual de cinco marchas da Isuzu, o motor também era Isuzu o 4HF1 de 4.3 litros com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por engrenagem, o seu diâmetro era de 112mm e o curso era de 110mm o que totalizavam 4334cm3,  a sua taxa de compressão era de 21,9:1 dotado de bomba injetora ele gerava 27KGFM a 1920RPM e 106CV a 3200RPM e era "maçarico", a sua suspensão era eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos e os freios eram a tambor nas quatro rodas e o tanque de combustível era de 150 litros. 

O 7-110 era nacionalizado com motor Isuzu de 4.3 litros e 106CV.

O 15-190 NACIONALIZADO GANHAVA A OPÇÃO 6x2 além do 4x2, o câmbio era manual de seis marchas fabricado pela Eaton, o motor em vez de ser da Isuzu era o Caterpillar 3116 seis cilindros de 6.6 litros com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro era de 105mm e o curso era de 127mm  o que totalizavam exatos 6600cm3, a sua taxa de compressão era de 18:1, dotado de turbo e intercooler, além do mais tinha até injeção eletrônica e com isso e chamava 3116 HUEI. com isso ele gerava 72KGFM a 1560RPM e 188CV a 2100RPM, era o mesmo dos GMC 12-170,14-190 e 16-220, mas com injeção eletrônica, na linha ele ficava um pouco acima do 14-190 e abaixo do 16-220 que era o top da linha GMC(e sempre foi). A sua suspensão era dependente tipo eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos, os freios eram a tambor nas quatro rodas e o tanque de combustível era de 190 litros.

O 15-190 também era nacionalizado e o motor era o Caterpillar seis cilindros 6.6 Turbo Diesel de 188CV.

O 15-190 também estava disponível como 6x2.

Em maio de 1998 era vez do 5-90 só que esse era importado totalmente do Japão, até hoje ele é muito raro, o seu motor era um Isuzu 4JG2 de 3.1 litros, o seu diâmetro era de 95.4mm e o curso era de 107mm o que totalizavam 3059cm3, a sua taxa de compressão era de 18,6:1 e ele era dotado de bomba injetora controlada eletronicamente e com isso gerava 19KGFM a 2000RPM e 83CV a 3400RPM, a sua suspensão seguia os irmãos recém-nacionalizados: eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos e freios á tambor nas quatro rodas. 

O 5-90 com motor 3.1 litros á diesel de 83CV 

  Antes de continuar a história desses caminhões, aqui é erro em  cima de erro:

Primeiro ter criado a marca GMC, não precisava afinal poderia muito bem manter a marca Chevrolet

Segundo ter usado motores Isuzu e Caterpillar, a exceção do 6-100 e 6-150, só que o uso desses motores respingou nele também, mas voltando aos motores o Caterpillar tem boa fama nos EUA, mas a manutenção se mostrou cara demais, principalmente depois que desvalorização do real em 1999. Já a Isuzu tem fama de ter os motores á diesel mais robusto do mundo, mas por mais robusto que seja, o modelo vai precisar um dia de peças, lembrando que é comum ver caminhões leves Isuzu na Ásia e na América Latina, mas não poderia compartilhar os motores Maxion e MWM do 6-100/6-150?


  Deixando os erros de lado, em outubro de 1998 era lançado a linha 1999 e nada muda, em janeiro de 1999 vem a  desvalorização cambial e pega em  cheio a linha de caminhões GMC com exceção óbvia do 6-100/6-150, já que os outros usavam motores Isuzu ou Caterpillar eram importados do Japão e dos EUA respectivamente. Em outubro de 1999 na linha 2000 nada muda. Em outubro 2000 na linha 2001 segue sem alterações, lembrando que o próprio 5-90 era importado direto do Japão e também sofreu. Em outubro de 2001 na linha 2002 sem mudanças, mas era o começo do fim, em fevereiro de 2002 a GM decide parar a fabricação de caminhões no Brasil o que foi uma ironia do destino: O primeiro GM nacional foi justamente um caminhão a GM produziu eles durante 42 anos(1958-1995) e (1997-2002).  Foram os únicos "cara-chata" da GM fabricados no Brasil e hoje muitos deles estão sobrevivendo com motores MWM ou Cummins.





Comentários

  1. Essa foto do 15-190 branco com câmara frigorífica fui eu quem tirei, voltando de uma caminhada com a minha cadela no Parcão.

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    1. Salve Parabéns pela foto! foi a única que achei na época! se soubesse teria colocado que foi você!

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    2. Pois é. Pensa num caminhão que se tornou raridade. Essa foto eu tirei quando a minha cadela ainda era filhote, e agora que ela está com quase 8 anos ainda dá para contar nos dedos quantos desse modelo eu vi depois.

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    3. Pois é, eu mesmo faz dois anos que não vejo um na rua, a última vez foi dois anos, acredito que falta peça para ele e outras coisas, enfim é complicado.

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    4. Sim, consegue adaptar o MWM X10, O MAXION S4 T PLUS entre outros disponível no mercado!
      Mas os custos costumam não compensa na maioria das vezes!
      O valor da retifica se assemelha a adaptação ou até vezes são mais baratos.
      Sem contar a robustez e durabilidade dos motores isuzu.

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  2. Boa noite. Será que é muito difícil adaptar o mwm x10 no 7.110?

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    1. Não sei, não posso dizer, mas acredito que não, só tentando para ver, no caso um X10 de quatro cilindros? mas enfim tem que dar uma olhada.

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    2. Já apareceram alguns do modelo 7-110 adaptados, tanto com o 4.10TCA quanto com o D-229-4 ou o TD-229-4 mesmo. Com os motores MWM de 6 cilindros também já apareceram alguns do modelo 15-190 e também dos bicudos mexicanos.

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    3. Obrigado pela informação, estão dá para adaptar, nos médios eu sei dava, mas a dúvida era o leve, no caso o 7-110. Valeu pela informação.

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    1. Sim, OM 366 é mais fácil de achar peças e outras coisas, embora não seja o motor do caminhão original.

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  4. Recentemente, vi um GMC 7-110 com eixo dianteiro de algum Mercedes-Benz. O motor provavelmente seja o OM 364.

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    1. Realmente hoje me dia, muitos devem estar com motor Mercedes-Benz ou outra unidade motriz.

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