CHEVROLET SÉRIE 40/6000: FILHO ÚNICO

FOI O ÚNICO CAMINHÃO LEVE COM A MARCA CHEVROLET NO BRASIL

A Ford desde 1959 tinha um caminhão leve, a Chrysler desde 1969 e mais tarde vira Volkswagen essa passava a ter um caminhão leve, a Mercedes-Benz também teve o seu em 1972, além disso vieram Puma e Agrale. Já o maior fabricante automotivo da época no mundo não tinha esse tipo de caminhão no Brasil, o que era uma situação embaraçada, mas o ditado "antes tarde do que nunca" se fez presente e ele acabou chegando.

A CHEGADA AO MERCADO SE DÁ em outubro de 1985 como linha 1986, poucos meses depois das novas picapes da Série 20, assim como F4000 estava para a F1000, o D40 estava para D20, ele chegava com câmbio manual de cinco marchas, três opções de motores, o Chevrolet seis cilindros 292 4.8 da terceira geração, o seu diâmetro é de 98.4mm e o curso é de 104.6mm o que totalizavam 4777cm3, a sua taxa de compressão é de 7,5:1 e dotado de carburador de corpo simples ele gerava 32KGFM a 1600RPM e 130CV a 3800RPM, a segunda opção era esse mesmo 4.8 só que é á álcool, a taxa de compressão subia para 10,5:1 e com isso gerava 34.7KGFM a 2000RPM e 148CV a 3800RPM, o motor tem bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas é da mesma família dos 250, 230 e 153 usados no Opala nacional e por último o Perkins 3.9 á diesel de quatro cilindros, o seu diâmetro é de 98.4mm e o curso é de 127mm o que totalizavam 3871cm3, dotado de bomba injetora a sua taxa de compressão era de 16:1 e com isso gerava 28.1KGFM a 1600RPM e 90CV a 2800RPM era basicamente o modelo mais vendido da linha, motor com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas era o mesmo da picape D20. A sua suspensão na dianteira era Independente por braços duplos triangulares com molas helicoidais e na traseira eixo rígido com feixe de molas, algo que só veríamos no país, no sucessor 6-100/6-150 e na nova geração dos Volkswagen Delivery lançada agora. Os freios eram discos ventilados na dianteira e tambores na traseira. A direção era setor e rosca sem fim e o tanque de combustível era de 104 litros.

A Série 40 chegava ao mercado, os motores para o C40 era o seis cilindros 4.8 á gasolina de 130CV, o A40 era o seis cilindros 4.8 á álcool de 148CV e o D40 era o 3.9 á diesel de 90CV.

O Curioso que nessa época era o único caminhão á gasolina disponível no mercado, e ao lado do 608 á álcool era o único á álcool, já que o V8 318 na linha Volkswagen só estava disponível para os médios e a Ford só tinha o MWM á álcool para os médios também. Em outubro de 1986 na linha 1987 nada muda, em outubro de 1987 na linha 1988 nada muda, em outubro de 1988 na linha 1989 nada muda, em outubro de 1989 na linha os motores seis cilindros á gasolina e a álcool dão adeus e por tabela os A40 e C40, só ficou o D-40. Em outubro de 1990 na linha 1991 nada muda, em outubro de 1991 na linha 1992 nada muda e em março de 1992 vem a grade dianteira e junto com ela a mudança mecânica: o Perkins 3.9 á diesel dá adeus entrava o Maxion S4, o seu diâmetro é de 100mm e o curso é de 127mm o que totalizavam exatos 4000cm3, a sua taxa de compressão era de 18,5:1 e com isso gerava 27.5KGFM a 1600RPM e 90CV a 2800RPM, ok houve perda de torque, mas ele estreava o turbo pela primeira vez nos caminhões da GM brasileira, a taxa de compressão caia para 17,5:1 e com isso gerava 38.2KGFM a 1600RPM e 120CV a 2600RPM.

Nova grade dianteira e o motor Maxion S4 4 litros aspirado de 90CV e turbo de 120CV.

Em outubro de 1992 na linha 1993 nada muda.

O RENOMEAMENTO PARA 6000 E MAIS ALTERAÇÕES o D40 era renomeado 6000 para alinhar a nomenclatura dos médios que havia mudado em 1985, além do nome, trouxe novos faróis dianteiros, grades e para-choques, aliás grade e faróis vieram do facelift da Série 20 e esse vieram dos últimos Opala, aliás a versão anterior ao facelift usava os faróis do Opala pré-facelift de 1985, mas voltando aos anos 1990 isso foi em outubro de 1993 na linha 1994, a versão turbo estava escrito "Turbo" nas laterais, nos motores o Maxion S4 aspirado foi mantido e para o turbo estreava o Maxion S4T Plus que era uma versão melhorada do Maxion Turbo e com isso passou a gerar 46.5KGFM a 1600RPM e 150CV a 2800RPM era o caminhão leve mais potente do país no lançamento.

O D40 era renomeado 6000 e os motores eram o Maxion S4 de 90CV e o S4T Plus de 150CV.

 Em outubro de 1994 na linha 1995 ele dá um "até breve", a GM decide transferir para Argentina, a nova fábrica de Rosário não estava pronta(hoje ela faz o Cruze), então a GM usava as instalações da Renault para produzir a Série 20 e também resolveu fazer o caminhão leve por lá, mas com peças brasileiras.

MAIS UM RENOMEAMENTO se dá em julho de 1995 na linha 1996 ele vindo da Argentina, agora se chamava GMC 6-100 e 6-150, infelizmente ele é tão raro que não se acha fotos desse modelo, não confundir com o próximo GMC de mesmo nome, mas deixarei o link depois, em outubro de 1996 na linha 1997 ele dava o seu adeus em definitivo.



 Sim, ele não foi o único caminhão leve da GM, mas foi o único a levar a marca Chevrolet durante um certo período, começou com o seis cilindros á gasolina e á álcool e o diesel aspirado, chegou a ter motor diesel turbo e até dois renomeamentos passou, mas ele deu adeus e de fato ele o seu sucessor tiveram suspensão independente na dianteira. De fato considerando que tivemos vários Chevrolet médios, esse é "filho único".





Comentários

  1. GMC 6-100 nunca, mas 6-150 dessa geração eu já vi em Porto Alegre. A essa altura do campeonato já não se vê deles, só os Chevrolet mesmo.

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    1. Pois é, eu nunca vi nenhum dos dois, mas Chevrolet já vi, aos montes, hoje é mais dífícil ver esses Chevrolet.

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