O STINGRAY MARCOU ÉPOCA COM SEUS MOTORES V8
O Corvette é sinônimo de esportivo norte-americano, mesmo o Viper com seu motor V10, mas tem uma história recente e duas descontinuações e o Ford GT/GT40 apesar das vitórias memoráveis em Le Mans, afinal sempre tem um período de produção e depois volta e depois "encerra e volta". O Corvette pode mudar, ou até mesmo mudar pouco, mas ele está na ativa a mais de 60 anos.
A primeira geração já datava de 1953 e já pedia mudanças. então a GM norte-americana lançou uma nova geração do modelo e assim foi feito.
A CHEGADA DO STINGRAY AO MERCADO norte-americano se dá em outubro de 1962 como linha 1963, assim como a antiga geração era feito em fibra de vidro , ele veio nas carrocerias e cupê e conversível, ele media 4.45 metros de comprimento, 1.79 metros de largura, 1.26 metros de altura e 2.49 metros de entre - eixos, ele tinha três opções de câmbio: manual de três marchas, manual de quatro marchas e o automático de duas marchas(isso mesmo, apenas duas marchas) chamado de Powerglide, o motor era o Small-Block V8 327 de 5.4 litros, mas tinha diferentes configurações, mas de qualquer forma: bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas e corrente metálica, o seu diâmetro era de 101.6mm e o curso é de 82.5mm o que totalizavam 5354cm3, no caso da versão de "entrada" a taxa de compressão era 10,5:1 e dotado de carburador de corpo quadruplo gerava 48.4KGFM a 2400RPM e 254CV a 4400RPM, a segunda opção era uma calibração mais forte que gerava 49.8KGFM a 3200RPM e 304CV a 5000RPM, a terceira opção tinha taxa de compressão de 11,2:1 e com isso gerava 47.5KGFM a 4000RPM e 345CV a 6000RPM, graças ao comando de válvulas mais bravo, a quarta opção era a RamJet com injeção mecânica, a taxa de compressão de 11,2:1 era mantida e com isso gerava 48.6KGFM a 4000RPM e 365CV a 6200RPM e por último estreava a primeira versão do Z06 que era uma versão de acabamento do Ramjet apenas, não como ele é hoje e ele vinha apenas com câmbio manual de quatro marchas, mas tinha suspensão e freios modificados. A sua suspensão era independente nas quatro rodas sendo braços duplos triangulares nos dois eixos, na dianteira molas helicoidais e na traseira feixe de molas era o primeiro Corvette a ter suspensão traseira independente e algo que se mantém até hoje. Os freios são discos ventilados na dianteira e tambores na traseira. Voltado ao câmbio o automático só estava disponível até o motor de 300CV, acima disso não. Já no conversível não teve a versão Z06, mas teve os motores disponíveis para o Cupê.
O Corvette de segunda geração chegava ao mercado norte-americano com motor V8 327 5.4 com diferentes calibrações: 254CV e 304CV carburador de corpo duplo, 345CV com taxa de compressão mais alta e 365CV com injeção mecânica
O Conversível com os mesmos motores, no seguinte o de 345CV é substiuído pelo de 370CV e o RamJet vai a 380CV. mais tarde era vez do V8 327 de 350CV, o V8 396 de 6.5 litros com 431CV e esse é substutído pelo V8 427 de 7 litros com 396CV e 431CV. e mais tarde vai a 405CV e 441CV.
O Z06 era uma versão de acabamento mais esportivo, digamos assim.
Lembrando que a potência é bruta e não líquida como é hoje, nesse artigo será assim até nós chegarmos ao ano de 1972. Em outubro de 1963 na linha 1964 é vez do Z06 dar adeus, o motor de 345CV é substituído pelo de 370CVa6200RPM e mantém o torque e o RamJet de injeção mecânica passa a gerar 380CVa6200RPM, mas o torque é reduzido para 47.9KGFM a 4000RPM, Em outubro de 1964 na linha 1965 chegava a versão com taxa de compressão de 11:1 e que gerava 49.8KGFM a 3600RPM e 350CV a 5800RPM, em setembro de 1965 ainda dentro da linha 1965 o Corvette ganhava mais uma opção de motor: era o V8 Big-Block de 396 de 6.5 litros, o seu diâmetro era de 104mm e o curso de 95mm o que totalizavam 6489cm3, a sua taxa de compressão é de 11:1 e dotado de carburador de corpo quadruplo ele gerava 57.4KGFM a 4000RPM e 431CV a 5600RPM. Em outubro de 1965 na linha 1966 o V8 de 254CV dava o seu adeus, o motor V8 de injeção mecânica também e o V8 396 dá lugar ao V8 427 também big-block da GM, o curso foi mantido, mas o diâmetro aumentou para 108mm o que totalizavam 6996cm3, a sua taxa de compressão é 10,25:1 dotado de carburador quadruplo e com isso gerava 63.6KGFM a 3600RPM e 396CV a 5200RPM e outra calibração mais forte para gerar 431CV a 56000RPM e mante o torque e taxa de compressão foi de 11:1.
O motor de 431CV tinha apenas câmbio manual de quatro marchas, em outubro de 1966 na linha 1967 estreava o V8 427 de 7 litros com 405CV a 5400RPM e mantendo torque e com três carburadores de corpo duplo passou a gerar 441CV a 5800RPM e manteve o torque. O câmbio automático de duas marchas começou a equipar outras versões com exceção do modelo de 441CV.
A CHEGADA DA TERCEIRA GERAÇÃO do Corvette chegava em outubro de 1967 como linha 1968, ele chegava nas carrocerias cupê e conversível, o automático de duas marchas dava lugar ao automático de três marchas, nos motores o V8 327 de 5.4 litros com 304CV era mantido, assim como a variação de 355CV, o V8 427 de 7 litros de 396CV, 406CV e 441CV era mantido, mas estreava outra variação era a L88 que tinha o Big-block V8 de 7 litros calibrado para gerar 76.1KGFM a 4000RPM e 537CV a 6400RPM, suspensão, freios e direção foram herdados do modelo antigo, até o entre - eixos de 2.49 metros foi herdado, já o comprimento passava a 4.62 metros, a largura a 1.76 metros e altura a 1.21 metros, já o Conversível tinha as mesmas medidas, nas opções de câmbio e de motores são os mesmo, além do manual de quatro marchas havia o manual de três marchas e voltando ao motores apenas o V8 7 litros de 537CV não estava disponível. Na verdade o C3 é um facelift bem amplo do C2.
O Corvette C3 chegava ao mercado de início com o V8 327 de 5.4 litros com 304CV e 355CV e os V8 427 de 7 litros com 396CV, 406CV, 441CV e 537CV, mais tarde chegava o V8 350 de 5.7 litros com a mesma potência e mais tarde com 375CV e o V8 427 dava lugar ao V8 454 de 7.5 litros com 396CV e 466CV.
O Conversível com os mesmos motores, com exceção do V8 7 litros com 537CV, mais tarde os motores tem suas potências diminuídas: 270CV e 335CV para o V8 350 de 5.7 litros, 365CV e 425CV para o V8 454 de 7.4 litros, mais tarde a potência é em valores líquidos e o V8 350 de 5.7 litros passava a gerar 203CV e 258CV e o V8 754 de 7.4 litros 274CV.
Em outubro de 1968 na linha 1969 o V8 327 de 5.4 litros dava lugar ao V8 350 de 5.7 litros, o diâmetro era mantido e o curso parava a 88.2mm o que totalizavam 5733cm3, a sua taxa de compressão é de 10,2:1 dotado de carburador de corpo quadruplo gerava 52.5KGFM a 3200RPM e 304CV a 4800RPM e a outra versão que tinha taxa de compressão de 11:1 gerava 355CV a 5600RPM e manteve o torque de 52.5KGFM, mas a 3600RPM, dá para ver que a GM priorizou o aumento de torque aqui. Já nos V8 427 de 7 litros na configuração de 537CV dava adeus, ficavam os de 411CV, 406CV e 396CV. Em outubro de 1969 na linha 1970 era vez de mais uma configuração do V8 350 de 5.7 litros que gerava 375CV a 6000RPM e mantinha o torque só que chegando pelos 4000RPM, o V8 427 dava lugar ao big-block V8 454 de 7.4 litros, o seu diâmetro é de 107.9mm e o curso é de 101.6mm o que totalizavam 7443cm3, a sua taxa de compressão é de 10,2:1 , dotado de carburador de corpo quadruplo ele gerava 69.1KGFM a 3400RPM e 396CV a 4800RPM e uma versão do V8 454 de 7.4 litros com taxa de compressão de 11:1 e com isso gerava 67.7KGFM a 5200RPM e 466CV a 5700RPM. Em outubro de 1970 na linha 1971 os motores recebem uma diminuição de potência, o V8 350 de 5.7 litros agora gerava 49.8KGFM a 3200RPM e 274CV a 4800RPM, o V8 350 de 5.7 litros com a segunda calibração passava a gerar 335CV a 5600RPM, mas manteve o torque que estava disponível a 4000RPM nessa versão, o V8 454 de 7.4 litros agora gerava 64.3KGFM a 3200RPM e 370CV a 4800RPM e a outra calibração do V8 454 que gerava 65KGFM a 4000RPM e 431CV a 5600RPM, sua taxa de compressão é de 9:1.
Em outubro de 1971 na linha 1972 com nova mudança que os fabricantes tinham que divulgar a potência em valores líquidos, agora os números eram outros, o V8 350 de 5.7 litros agora com taxa de compressão de 8,5:1 e escape duplo, agora gerava 41.5KGFM a 2800RPM e 203CV a 4400RPM, outra versão do V8 350 com taxa de compressão de 9:1 gerava 38.7KGFM a 4000RPM e 258CV a 5600RPM e por último o V8 454 de 7.4 litros em configuração única com taxa de compressão de 8,5:1 e carburador de corpo duplo passou a gerar 53.9KGFM a 4200RPM e 274CV a 4000RPM. Em outubro de 1972 na linha 1973 mais mudanças, o V8 350 de 5.7 litros de entrada agora gerava 41.5KGFM a 2200RPM e 192CV a 4400RPM, a segunda opção é o V8 350 de 5.7 litros com taxa de compressão 9:1 gerava 39.4KGFM a 4000RPM e 254CV a 5200RPM e o V8 454 de 7.4 litros agora gerava 53.9KGFM a 2800RPM e 279CV a 4000RPM com taxa de compressão de 8,5:1. Em outubro de 1973 na linha 1974 o V8 350 de 5.7 litros de "entrada" passava a gerar 38KGFM a 2800RPM e 198CV a 4400RPM, o V8 350 de 5.7 litros com 254CV ficou sem alterações e o V8 454 de 7.4 litros voltou a gerar 274CV a 4400RPM e agora gerava 52.5KGFM a 4000RPM e na mesma época a crise do Petróleo estoura. Como resposta a crise do Petróleo o Big-Block V8 454 de 7.4 litros dá o seu adeus e vem mais "estrangulamento" para o V8 350 de 5.7 litros que agora na versão de "entrada" gerava 35.3KGFM a 2400RPM e 167CV a 3800RPM e o V8 350 de 5.7 litros com taxa de compressão de 9:1 passou a gerar 208CV a 4800RPM e manteve os outros.
Em outubro de 1975 é vez do Conversível dar o seu adeus, só ficando o cupê, a linha 1976 os motores ganhava um pouco mais de fôlego, o V8 350 de 5.7 litros de "entrada" agora gerava 37.3KGFM a 2400RPM e 182CV a 4000RPM e o segundo V8 350 de 5.7 litros com taxa de compressão de 9:1 passou a gerar 35.5KGFM a 3600RPM e 213CV a 5200RPM. Em outubro de 1976 na linha 1977 nada muda, em outubro de 1977 na linha 1978 mais alterações, para as regiões de alta altitude e a Califórnia , o motor V8 350 de 5.7 litros passou a gerar 36.6KGFM a 2400RPM e 177CV a 3800RPM, a versão digamos "comum" de entrada agora gerava 38.7KGFM a 2400RPM e 188CV a 4000RPM e o V8 350 de 5.7 litros agora com taxa de compressão de 8,9:1 e com isso passou a gerar 36KGFM a 3600RPM e 223CV a 5200RPM. Em outubro de 1978 na linha 1979 de novo outra alteração na potência, é nem o Corvette escapou da "ciranda de potência" que estava na industria norte-americana da época, o V8 350 de 5.7 litros com taxa de compressão de 8,2:1 e passava a gerar 39.4KGFM a 3200RPM e 198CV a 4000RPM e V8 350 de 5.7 litros mais potente, passou a gerar 37.3KGFM a 3600RPM e 228CV a 5200RPM. Em outubro de 1979 na linha 1980 chegava a opção do V8 305 de 5 litros, aliás foi muito "apedrejado" dentro dos EUA, o seu diâmetro era de 94.9mm e o curso era de 88.4mm o que totalizavam 5001cm3, a sua taxa de compressão era de 8,5:1 dotado de carburador de corpo quadruplo ele passou a gerar 35.3KGFM a 2000RPM e 182CV a 4200RPM, o V8 350 de 5.7 litros de "entrada" passou a gerar 38.7KGFM a 2400RPM e 192CV a 4000RPM e o V8 350 de 5.7 litros mais potente passou a gerar 38KGFM a 3600RPM e 233CV a 5200RPM com taxa de compressão de 9:1, em outubro de 1980 na linha 1981 ele abandonava o motor de 233CV e o V8 305, só ficava com o V8 350 de 5.7 litros com 192CV, em outubro de 1981 na linha 1982 o V8 350 de 5.7 litros ganha injeção eletrônica monoponto(na verdade bi-ponto uma para cada bancada), a taxa de compressão era de 9:1 e com isso ele passou a gerar 39.4KGFM a 2800RPM e 203CV a 4200RPM, no ano seguinte ele dá adeus é substituído pelo Corvette C4 que aí é outra história.
O Corvette C2 trouxe os V8 Big-Block ao Corvette e além de tudo era um Corvette bem novo, já o C3 manteve heranças da antiga geração, mas passou pela crise do petróleo, perdeu os big-block como efeito da crise, passou pela "dança da potência" entre 1974-1979 que ocorreu nos EUA, mas o seu final ao menos chegou a era da eletrônica com a injeção eletrônica(embora o C2 já tivesse opção de injeção mecânica), mas aí a conversa é outra. Essa base foi longeva para a GM norte-americana e para o Corvette.
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