DAIHATSU COPEN: NASCIDO NA CONTRAMÃO

O ROADSTER DA DAIHATSU SURGIU ANDANDO CONTRA A MARÉ.

Os Roadster Kei-Car mais famosos como Honda Beat, Mazda Autozaum AZ-1 e Suzuki Capuccino foram desenvolvidos no final do anos 1980 quando a economia japonesa estava crescendo, parecia que havia espaço para eles, eles acabaram chegando ao mercado na década de 1990 quando deu uma recessão e aí era aquela entre os três "salve-se quem puder", O Honda e o Mazda tinham motor central e o Capuccino motor  dianteiro, mas o três tinham tração traseira.

   A Toyota não produz Kei-Cars, mas a Daihatsu que é a divisão para esse fim, acaba fazendo muito carros desse tipo, o Copen acabou sendo desenvolvido no final dos anos 1990, bem na época que os conversíveis com teto de aço estampado estavam na moda e ele chegou em março de 2002, ou seja bem na contramão, você pode dizer que o atual Honda S660 também nasceu assim, mas tem um detalhe: o Honda tem motor central e tração traseira, ao passo que o Copen tem motor e tração dianteira.


A CHEGADA AO MERCADO se dá em março de 2002, ele tinha um visual que parecia querer agradar as mulheres japoneses, ele mede 3.39 metros de comprimento, 1.47 metros de largura, 1.24 metros de altura e 2.23 metros de entre - eixos. Ele tinha duas opções de câmbio: manual de cinco marchas ou automático de quatro marchas, como eu já disse: o motor e tração eram dianteiros, sendo que o motor era transversal. O motor é o 0.7 16V Turbo que pertence a família JB da Daihatsu uma evolução da família EB com bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada, turbo e intercooler, o seu diâmetro é de 61mm e o curso é 56.4mm o que totalizavam 659cm3(bem perto do limite de 660cm3), a sua taxa de compressão era de 8,2:1 e dotado de injeção eletrõnica multiponto ele gerava 11.3KGFM a 3200RPM e 64CV a 6000RPM. A sua suspensão utiliza molas helicoidais e amortecedores hidráulicos, na dianteira era Independente tipo McPherson e na traseira é semi-independente com eixo de torção e os freios eram discos ventilados na dianteira e tambores na traseira.

O Copen chegava ao mercado com motor 0.7 16V Turbo de 64CV

Em outubro de 2002 na linha 2003 nada muda, ele seguiu praticamente sem mudanças na primeira geração até o final da sua carreira em outubro de 2012.  Em 2014 foi lançada uma nova geração que é uma outra história.

A IMIGRAÇÃO PARA A EUROPA se dá em março de 2003 como na Europa não existe a lei dos kei-cars que limita a potência em 64CV, além é claro das vantagens tributárias, o proprietário não pagar o equivalente ao IPVA etc, o Copen chega ao mercado Europeu, mas o motor 0.7 16V Turbo tem alterações para gerar 10.2KGFM a 3200RPM e 68CV a 6000RPM, para o mercado europeu ele perdeu torque, mas ganhou 4CV. O resto é igual ao vendido na terra do sol nascente já que vinha de lá. A opção de câmbio para os europeus sempre era manual de cinco marchas.

O Copen chegava ao mercado europeu com motor 0.7 16V Turbo calibrado para 68CV.

Ele seguiu sem alterações até outubro de 2006 na linha 2007 quando trocou o 0.7 16V Turbo pelo 1.3 16V  da família K3 da Daihatsu com bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas variável no cabeçote acionado por corrente metálica, o seu diâmetro era de 72mm e o curso era de 79.7mm o que totalizavam 1298cm3, a sua taxa de compressão era de 10:1 e dotado de injeção eletrônica multiponto que gerava 12.2KGFM a 4000RPM e 87CV a 6000RPM.

O Copen para o mercado europeu ganha o motor 1.3 16V de 87CV

E ele seguiu no mercado europeu sem mudanças até setembro de 2012 quando a Daihatsu deu adeus do mercado europeu.

A primeira geração do Copen nasceu na contramão, surgiu num a época que os roadster kei-cars já tinham saído de linha como o Beat por exemplo, teve o famoso teto de aço conversível que foi muito usado no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, além de ter motor e tração dianteiros, ele ficou praticamente 10 anos no mercado e sem grandes mudanças, só a troca de motor para o mercado europeu.





Comentários