MORTO E ENTERRADO: FORD FIESTA SEDAN DÁ ADEUS AO MERCADO BRASILEIRO

DEPOIS DE QUASE 18 ANOS O FIESTA SEDAN DÁ ADEUS AO MERCADO.

A Ford norte-americana anunciou que só vai produzir utilitários esportivos, picapes e o esportivo Mustang, no caso dos SUV conta também os Hatch aventureiros. Já a Ford brasileira anunciou que vai focar em Ka e EcoSport, além dos utlilitários esportivos, é um sinal claro: O Focus dá adeus esse ano, o Fiesta teve perda de versões e de motor já que o Ka ganhou o câmbio automático e o Fiesta Sedan? ele foi o primeiro a dar adeus.

     O modelo era importado do México, com isso ele deu adeus, nos EUA e no México(onde ele é fabricado) ele continua a venda, mas todo mundo sabe que o adeus dele por lá será inevitável e no próprio México também. Então vamos a trajetória do Fiesta Sedan no Brasil.

                                                       PRIMEIRA GERAÇÃO 
 Em outubro de 2001 a Ford do Brasil decide importar do México o Fiesta Sedan, seis meses antes da nova geração chegar ao mercado, aproveitando a mudança de nome do Hatch, ele passou a se chamar Fiesta Street Sedan, ele media 4.13 metros de comprimento, 1.63 metros de largura, 1.39 metros de altura e 2.48 metros de entre - eixos era 3cm maior no entre - eixos que o Hatch. O câmbio era sempre manual de cinco marchas e duas opções de motor, ambas fabricados no Brasil: Zetec Rocam 1.nada com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por corrente metálica e com isso gerava 8.9KGFM a 2750RPM e 65CV a 6000RPM e o 1.6 da mesma família e da mesma concepção que gerava 14.3KGFM a 2250RPM e 95CV a 5500RPM, ele vendeu bem nos dois primeiros meses, mas com o dólar alto e a chegada da nova geração do Hatch, ele ficou numa situação complicada, inclusive em desvantagem no preço perante aos modelos antigos: Corsa Classic e Siena Fire e muito atrás em modernidade em relação ao Polo Sedan, Corsa Sedan(GM 4300), Fiat Siena com carroceria mais moderna e até mesmo o Clio Sedan, mesmo sendo lançado um ano antes dele, o modelo da Renault era bem equipado. Em 2004 ele deu lugar a nova geração que você vai ver abaixo.

                                                              SEGUNDA GERAÇÃO
   
  A segunda geração do Fiesta Sedan chegava ao mercado fabricada em Camaçari-BA, foi o último membro da família que teve além do Hatch, a primeira geração do EcoSport. Ele media 4.20 metros de comprimento, 1.68 metros de largura, 1.46 metros de altura e 2.49 metros de entre - eixos. O câmbio era sempre manual de cinco marchas. Três opções de motores: a primeira era o Zetec Rocam 1.nada que gerava 8.9KGFM a 2750RPM e 66CV a 6000RPM era muito fraco para o peso do carro, a segunda opção era o Zetec Rocam 1.nada Supercharger que graças ao compressor volumétrico gerava 12.6KGFM a 4200RPM e 95CV a 6000RPM e por último o estrante Zetec Rocam 1.6 Flex que gerava 14.8KGFM a 4200RPM e 105CV a 5750RPM e com álcool vai a 15.8KGFM e 111CV nas mesmas rotações.  

                                     
O Fiesta Sedan chegava ao mercado com motor 1.nada de 66CV, 1.nada Supercharger de 95CV e 1.6 Flex de 105CV com gasolina e 111CV com álcool, mais tarde o 1.nada se torna Flex e passa a gerar 71CV com gasolina e 73CV com álcool 

  Em outubro de 2005 na linha 2006 sem mudanças, em julho de 2006 na linha 2007 o 1.nada passava a ser Flex e com isso gerava 9.1KGFM a 4750RPM e 71CV a 6000RPM e com álcool gera 9.3KGFM e 73CV nas mesmas rotações, amenizou, mas não resolveu o velho problema da versão 1000, algo que essa geração conviveria para a toda a sua vida, o 1.nada Supercharger sai de cena e o 1.6 Flex segue no mercado.

   Em Fevereiro de 2007 a Ford antecipa a linha 2008 do Fiesta com um facelift na grade dianteira, faróis, para-choques e mudanças no interior, já nos motores nada mudava nos modelos.

                                            
O Fiesta ganha o facelift e os motores são mantidos, mais tarde os motores tem alterações: o 1.nada passou a gerar 69CV com gasolina e manteve os 73CV com álcool e o 1.6 passou a gerar 101CV com gasolina e 107CV com álcool 

 Em outubro de 2008 chegava a linha 2009 com alterações nos motores para poluir menos: o 1.nada agora gerava 9KGFM a 4750RPM e 69CV a 6000RPM e com álcool vai a 9.3KGFM e 73CV e o 1.6 agora gerava 14.3KGFM a 4250RPM e 101CV a 5750RPM e com álcool vai a 15.3KGFM e 107CV nas mesmas rotações. Ele seguiu sem alterações para linha 2010. Em fevereiro de 2010 ganhou a linha 2011 antecipadamente era o último facelift dessa geração, inclusive esse modelo conviveu com o modelo que seria chamado de "New Fiesta", é o modelo que abre a foto de capa dessa artigo, além de novos faróis, para-choques e grade dianteira, ele ganhou novas lanternas, aliás a dianteira não foi feliz, dois meses depois com o lançamento do New Fiesta ele passou a se chamar Fiesta Rocam(ele e o Hatch) e seguiu sem alterações até julho de 2014 quando ele foi substituído pelo Ka + (Hoje Ka Sedan).

                                                             TERCEIRA GERAÇÃO 

  Em maio de 2010 a terceira geração vem do México, aliás para diferenciar a Ford o chamou de "New Fiesta", ele veio apenas na versão de acabamento SE,  ele media 4.41 metros de comprimento,  1.72 metros de largura, 1.47 metros de altura e 2.49 metros de entre - eixos. O câmbio era manual de cinco marchas. O motor era o Zetec-Sigma 1.6 16V fabricado no Brasil com bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada e com isso gerava 15.8KGFM a 4250RPM e 110CV a 6250RPM e com álcool vai a 16.2KGFM e 116CV nas mesmas rotações, ele seguiu sem alterações durante mais de três anos.

   Em agosto de 2013 na linha 2014 é lançado o modelo com facelift com novos para-choques, grade dianteira e lanternas, sendo que o Hatch havia sido nacionalizado três meses antes, já o Sedan continuava a vir do México algo que ocorreu até agora, as medidas foram mantidas, agora além do manual de cinco marchas, ele tinha o manual-automatizado de dupla embreagem com seis marchas chamado de Powershift pela Ford, no motor o Zetec Sigma 1.6 16V feito no Brasil ganha comando de válvulas e coletores  variáveis chamados de Ti-VCT e com isso gerava 15.4KGFM a 4250RPM e 125CV a 6500RPM com gasolina e com álcool vai a 16KGFM a 5000RPM e 130CV nas mesmas rotações da potência, junto com essa mudanças chega a versão de acabamento Titanium apenas com câmbio Powershift, já a SE vem com câmbio manual e o Powershift  em outubro de 2014 na linha 2015 sua última alteração: o motor agora gerava 15.8KGFM a 4500RPM e 125CV a 6500RPM com gasolina e com álcool passava a 16KGFM a 5000RPM e 128CV a 6500RPM, Em outubro de 2015 na linha 2016 ele perde o câmbio manual. Vale lembrar que quando o Hatch passou por um facelift no final de 2017, o sedã não teve mudanças e em janeiro de 2019 ele deu adeus ao mercado nacional. É o modelo da foto de capa.

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