PROJETADO NO BRASIL PARA O MERCADO BRASILEIRO CHEGOU A TER MOTOR CINCO CILINDROS E CHEGOU A SER PRODUZIDO EM JUIZ DE FORA-MG
Chegou o dia de mais uma história de um "Mercedinho" só que esse é diferente dos demais, em 1972 a Mercedes-Benz lançou o 608 D, o primeiro caminhão leve nacional á diesel.
A história do 608 D está aqui , em 1988 a marca começou a "renovação de frota" por outro Mercedinho: O LN que deu origem ao 709,912, 914,710(que foi longevo) e o 1114 o primeiro leve 6x2 , em 1989 chegava os HPN médio e se completava com os HPN pesados e que deu origem ao FPN e esse acabou dando origem ao 712C e 914C que são os leves desses modelos , mas com uma nova lei era de hora de renovar a frota também. O Atego como médio seria viável no Brasil, embora ele tinha versão leve na Europa, mas a Mercedes decidiu projetar um caminhão para o mercado brasileiro.
A CHEGADA AO MERCADO: Se dá em outubro de 2003 como linha 2004 pela primeira vez, um caminhão Mercedes-Benz tem nome na frente antes do número: Accelo, antes dele não tinha por exemplo "HPN 1618" era apenas "1618" e deu, simples, assim, ele chegava nos modelos 715C e 915C, o câmbio era sempre manual de cinco marchas, para o 715C o motor era o cinco cilindros OM 612 2.7 20V , o seu diâmetro é de 88mm e o curso é de 88.3mm o que totalizavam 2685cm3, a sua taxa de compressão era de 18:1 com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas no cabeçote acionado por corrente metálica, turbo, intercooler e injeção eletrônica common-rail gerava 34KGFM a 1400RPM e vai até 2600RPM e 156CV a 3800RPM era basicamente o motor da Sprinter da época com um cilindro a mais e para o 915C o motor era o quatro cilindros OM 924 LA de 4.8 litros, 12 válvulas(3 válvulas por cilindro) com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por engrenagens , turbo, intercooler e injeção eletrônica common-rail, o seu diâmetro era de 106mm e o curso era de 136mm o que totalizavam exatos 4800cm3 e com isso gerava 59KGFM a 1600RPM e 150CV a 2200RPM. o 715C tinha freios á discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, já o 915C era tambor na traseira e a sua suspensão era eixo rígido com feixe de molas. De imediato eles substituíram os 712C e 914C derivados dos FPN, embora conviveu com o Mercedes-Benz LN 710 por um bom tempo.
O 715C chegava ao mercado com motor cinco cilindros 2.7 20V Turbo diesel de 156CV
O 915C chegava ao mercado com motor quatro cilindros 4.8 turbo diesel de 150CV
Em outubro de 2004 na linha 2005 nada muda, em outubro de 2005 na linha 2006 nada muda, afinal o Accelo já havia nascido com a legislação anti-poluentes de 2006 em mente, então ele chegou ao mercado preparado para isso, ao contrário de Agrale, Ford e Volkswagen que tiveram que trocar os motores dos seus leves na última hora, digamos assim. Em outubro de 2006 na linha 2007 nada muda, em outubro de 2007 na linha 2008 nada muda, o modelo já era um sucesso de vendas, embora havia críticas ao 715C, afinal o motor dele é mais adequado a própria Sprinter do que um caminhão de carga, já o 915C era tranquilo nisso: o motor já movia caminhões maiores em calibração mais potente, então era tranquilo. Em outubro de 2008 na linha 2009 nada muda. Em outubro de 2009 na linha 2010 nada muda, em outubro de 2010 na linha 2011 de novo seguia sem alterações.
O FACELIFT E ALTERAÇÕES NOS MOTORES em outubro de 2011 na linha 2012 veio mudanças no Accelo: nova grade dianteira para o modelo, além disso com o fim do 710 ele assumia o papel de "Mercedinho" de vez, o 715 C dava lugar ao 815 e o 915 C dava lugar ao 1016, o câmbio no 815 era apenas o manual de cinco marchas, já o 1016 além do manual de cinco marchas tinha a opção do manual de seis marchas, já no motor o cinco cilindros 2.7 20V dava adeus e agora o OM 924 LA de 4.8 litros foi preparado para se adequar as novas legislações anti-poluentes, manteve o cabeçote 12 válvulas e comando de válvulas por engrenagem e ganhou o sobrenome Bluetech 5, para o 815 ele gerava 59.2KGFM a 1200RPM e vai até 1600RPM e 156CV a 2200RPM e para o 1016 ele passou a gerar 62.2KGFM a 1200RPM a 1600RPM e manteve a potência em 156CV. no 815 o freio traseira era a disco, já no 1016 era a tambor.
O 1016 aqui já com cabine leito e o motor quatro cilindros 4.8, 12V Turbo diesel agora gerava 156CV
O 815 ganhava nova grade dianteira e o motor era o mesmo do 1016 com 156CV mas menos torque.
Em Fevereiro de 2012 ele deixava de ser fabricado em São Bernardo do Campo-SP para ser fabricado em Juiz de Fora-MG fábrica que foi erguida para primeira geração do Classe A(1999-2005) fez o Classe C de exportação para o mercado norte-americano(2001-2003 e 2005-2008), o CLC(2008-2011) esse último só foi vendido no mercado doméstico em 2009 e a Mercedes-Benz decidiu fabricar o Actros da época e o Accelo nessa planta. Em Outubro de 2012 na linha 2013 nada muda, em outubro de 2013 na linha 2014 nada muda, em outubro de 2015 na linha 2016 o Accelo ganha o modelo 1316 que era o modelo 6x2, o motor era o mesmo 4.8 Turbo diesel de 156CV e quatro cilindros do 1016, afinal a Mercedes-Benz havia lançado o 1114 6x2 nos anos 1990 e sem sucesso, a estrela de três pontas volta aos leves 6x2? sim, agora o Volkswagen Delivery tinha essa opção desde 2011 então a Mercedes-Benz viu uma oportunidade e nesse mesmo ano a marca retoma a liderança do mercado de caminhões.
O Accelo 1316 6x2 com o motor quatro cilindros, 4.8, 12 válvulas de 156CV era lançado e aqui é o modelo 2018 com cabine leito.
Em outubro de 2016 na linha 2017 nada muda e o modelo voltava a ser feito em São Bernardo do Campo-SP, em outubro de 2017 na linha 2018 chegava a cabine leito e com isso a cabine curta dava adeus ao mercado(que na verdade seria um até breve), em outubro de 2018 na linha 2019 nada muda, em março de 2019 ele ganhava a opção do câmbio manual-automatizado de seis marchas para todos os modelos e voltava a cabine curta para o 815. Em outubro de 2020 na linha 2021 sem mudanças.
A Mercedes-Benz tem vários projetos locais no currículo: Reestilização da linha AGL em 1981, os HPN de 1988, mas um caminhão totalmente inteiro só o Accelo mesmo que manteve o brilho da estrela de três pontas nos leves, uma estrela á brasileira, digamos assim. Lógico que tem a cabine do Actros atual para o mercado brasileiro e o facelift do Actros de geração passada, mas esses vieram depois do Accelo.
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