A PRIMEIRA GERAÇÃO DO ACTROS FOI O ÚNICO FEITO EXCLUSIVAMENTE EM JUIZ DE FORA-MG E TAMBÉM A TER MOTOR V8 NA LINHA NACIONAL DA MERCEDES-BENZ
Em 2005 a Mercedes-Benz lançou o Axor e disse que o Actros seria muito caro para o mercado brasileiro, mas sabe como é: as coisas vão mudando com o tempo e então a Mercedes-Benz decidiu lançar o Actros no Brasil, mas de início não como caminhão rodoviário.
A CHEGADA AO BRASIL: Importado da Alemanha, ele inicialmente chegava no modelo 4844 8x4, o câmbio era o manual-automatizado de 12 marchas chamado de Powershift pela marca alemã e o motor era algo raro para um caminhão: O 501 LA V6 Turbo diesel, sim era um V6 com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por engrenagens e 24 válvulas, turbo, intercooler e injeção direta, o seu diâmetro era de 130mm e o curso era de 150mm o que totalizavam 11.957cm3, a sua taxa de compressão era de 17,25:1 e com isso gerava 214KGFM a 1080RPM e 435CV a 1800RPM, a sua suspensão era eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos e freios a tambor nas quatro rodas. O lançamento foi em outubro de 2008 como linha 2009 e o tanque de combustível era de 400 litros.
O 4844 8x4 chegava ao mercado com motor V6 12 litros turbo diesel de 435CV
Em outubro de 2009 na linha 2010 chegavam os modelos rodoviários importados da Alemanha, os modelos 2546 6x2 e 2646 6x4, o tanque de combustível tinha 550 litros de um lado e 200 litros do outro o que dava 750 litros. O câmbio como sempre é o manual-automatizado Powershift de 12 marchas e o motor OM 501 LA V6 12 litros turbo diesel foi alterado para gerar 224KGFM a 1080RPM e 456CV a 1800RPM, o modelo era lançado na Fenatran daquele ano.
O Actros 2646 chega ao mercado com o motor V6 Turbo diesel 12 litros gerando 456CV e ele tinha o irmão 6x2.
Em outubro de 2010 na linha 2011 sem alterações, em outubro de 2011 na linha 2012 sem alterações, mas a Mercedes-Benz anunciava a fabricação do modelo no Brasil, mas em Juiz de Fora-MG e não em São Bernardo do Campo-SP.
A CHEGADA DO MODELO NACIONAL se dá em Abril de 2012, ele era exatamente igual ao importado anteriormente, inclusive o motor OM 501 LA V6 12 litros turbo diesel de 456CV vinha de lá, tanque, enfim tudo era igual, mas agora com produção nacional, era uma estrela mineira, primeiro caminhão da marca fabricado em Juiz de Fora-MG, o câmbio também continuava o mesmo, só não era nacionalizado o 4844 que era voltado ao fora de estrada. o modelo nacional já foi lançado como linha 2013
O Actros é nacionalizado nos modelos 2546 e 2646 6x4 e o motor era o V6 Turbo diesel 12 litros de 456CV
Em outubro de 2012 para o 4844 8x4 nada muda. Em Fevereiro de 2013 chegou o primeiro e único e será para todo o sempre, Mercedes-Benz nacional com motor V8 é o 2655 6x4 que além do câmbio Powershift de 12 marchas, tinha o motor OM 502 LA V8 de 16 litros, 32 válvulas, a cilindrada total é de 15.931cm3 é basicamente o OM 501 com dois cilindros a mais. Inclusive repete o diâmetro x curso e a taxa de compressão e com isso gera 265KGFM a 1080RPM e 551CV a 1800RPM até hoje é o Mercedes-Benz nacional mais potente de todos os tempos, pela primeira vez a estrela de três pontas rompeu a barreira dos 500CV em modelos nacionais e só não é de maior torque de todos os tempos por que o 2653 o igualou com o seis cilindros OM-471 LA.
O Actros 2555 V8 6x4 chega ao mercado e o único Mercedes-Benz nacional com motor V8 de 16 litros, turbo diesel de 551CV até hoje o Mercedes-Benz nacional mais potente de todos os tempos
Em outubro de 2013 chegava a linha 2014 nada mudava nos modelos 2546 6x2, 2646 6x4 e 2655 6x4 esse último recém-lançado, além do 4844 8x4 que vinha importado da Alemanha, mas a Mercedes-Benz decidiu importar mais um modelo era o 4160 8x8 SLT voltado a transportes especiais, o câmbio é o manual-automatizado de 12 marchas e o motor OM 502 LA V8 de 16 litros turbo diesel nesse modelo era calibrado para gerar 286KGFM a 1080RPM e 598CV a 1800RPM. o lançamento dele foi na Fenatran daquele ano.
O 4160 8x8 SLT chegava importado da Alemanha com motor V8 16 litros turbo diesel de 598CV
Em outubro de 2014 na linha 2015 nada muda.
O FACELIFT se dá em outubro de 2015 na linha 2016 nova grade dianteira, faróis, para-choques e lanternas, o 4844 8x4 e o 4160 SLT 8x8 continuavam a vir da Alemanha e sem alterações, o 2546 6x2 e o 2646 6x4 ganharam uma troca de motores e o 2651 6x4 entrava no lugar do 2655 6x4, era o adeus dos motores em V na linha nacional da Mercedes-Benz e entrava o OM 460 LA de 13 litros, seis cilindros em linha, 12 válvulas, com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, turbo, intercooler e injeção common-rail, o seu diâmetro era 128mm e o curso era de 166mm o que totalizavam 12.800cm3, a sua taxa de compressão era de 18:1 esse motor era exportado para os EUA para equipar o Freightliner Columbia, nos modelos de final 46 ele gerava 234KGFM a 1100RPM e 460CV a 1900RPM e no final 51 gerava 244KGFM a 1100RPM e 510CV a 1800RPM, aliás o motor era basicamente OM 457 com aumento de cilindrada e esse por sua vez era o 447 com injeção common-rail eletrônica e outras alterações, o câmbio era o manual-automatizado Powershift de 12 marchas e o tanque era de 650 litros e para o 2651 era de 650 litros ou 730 litros dependendo do entre -eixos.
O Actros troca os motores em V pelo seis cilindros de 13 litros turbo diesel de 456CV para os 2546 e 2646 6x4 e 510CV para o 2651 6x4
O motor V6 era importado da Alemanha e com dólar alto, começou a pesar fora financiamento do finame, etc.., se especulou que a Mercedes-Benz manteria o V8, mas ela abandonou a configuração. Em outubro de 2016 na linha 2017 nada muda e ele passa ser o único caminhão feito em Juiz de Fora-MG já que o Acello voltava a ser fabricado em São Bernardo do Campo-SP, em outubro de 2017 na linha 2018 sem alterações, em outubro de 2018 na linha 2019 continuava sem alterações, em outubro de 2019 na Fenatran daquele ano, a nova geração do Actros é apresentada, a principio antiga geração convivia com ele, mas o 4160 SLT 8x8 importado da Alemanha dá o seu adeus e em dezembro de 2020 ele deixa de ser produzido assim com o 4844 8x4 deixava de ser importado da Alemanha, com isso a nova geração do Actros assumia o lugar de vez e herdava o motor OM 460 LA nas versões com final 45, 48 e 51, já o 53 usa o OM 471 LA e a fábrica de Juiz de Fora-MG agora faz apenas cabines para o Accelo, Atego, Axor e Actros para abastecer São Bernardo do Campo-SP.
A Mercedes-Benz brasileira tem seus filhos únicos, no caso dele é uma estrela mineira, afinal foi o único caminhão feito exclusivamente em Juiz de Fora-MG, o Acello foi produzido de 2012 até 2016 quando vou voltou para tradicional fábrica do ABC Paulista e será para sempre o único Mercedes-Benz nacional com motor V8, já que a Matriz alemã abandonou esse tipo de configuração, chegou como importado foi nacionalizado e abriu caminho para um nova geração anos mais tarde.
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