O IKA/Renault Torino e sua vida na Argentina e seu parente americano.



      BASEADO NUM MODELO AMERICANO SE TORNOU LENDA NA TERRA DO TANGO.
Normalmente artigo históricos, deixa a Argentina por último, mas alguns casos como o Sierra o os Renault 9 e 11 eles vem primeiro, teve o caso do Renault 21 que veio depois, afinal o modelo vendido no Brasil vinha de lá.
   No caso do Torino ele vem antes, baseado no Rambler American(você verá depois) o modelo Argentino desenvolvido pela IKA e desenhado pelo estúdio de estilo Pininfarina(o mesmo famoso por desenhar Ferrari) e daí o nome: Torino, ele chegou ao mercado argentino em outubro de 1966 na linha 1967 em duas opções de carroceria: sedã de quatro portas e cupê duas portas, ele mede 4.72metros de comprimento, 1.78metros de largura, 1.41metros de altura e 2.72metros de entre - eixos, já o cupê tem as mesmas dimensões,  duas opções de câmbio: manual de três marchas com alavanca na coluna e manual de quatro marchas com alavanca no assoalho, essa exclusiva do cupê, duas opções de motores ambos seis cilindros da família Tornado, com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por corrente metálica, a primeira opção é o Tornado 181 de 3 litros, o seu diâmetro é de 84.9mm e o curso é de 87mm o que totalizavam 2965cm3, a sua taxa de compressão é de 7,6:1 e com carburador de corpo simples ele gerava 21KGFMa2000RPM e 117CVa4200RPM eram os sedãs 300 e 300 S e para o cupê vinha o seis cilindros  Tornado Superpower de 3.8 litros, lógico que todos 12 válvulas é claro, o seu diâmetro era o mesmo e o curso ia para 111.1mm o que totalizavam 3771cm3, a sua taxa de compressão é de 7,5:1 e com carburador de corpo simples ele gerava 30KGFMa2000RPM e 132CVa4200RPM e era chamado de 380, A sua suspensão utiliza amortecedores comuns, na dianteira era Independente tipo braços duplos triangulares com molas helicoidais e na traseira era eixo rígido com feixe de molas, o motor é dianteiro e a tração é traseira e os freios são a tambor nas quatro rodas para os modelos 300 e disco sólido na dianteira para o modelo 380 e a direção é setor e rosca sem fim. é o que se tinha naquela época, afinal Opala e Dodge eram similares a ele na construção.
O sedã chegava ao mercado com motor seis cilindros 181 de 3 litros com 117CV.

O Cupê 380 com motor seis cilindros  230 de 3.8 litros com 132CV.
E você pode alegar por que a IKA fabricava modelos AMC? é simples ela tinha forte ligação com a Willys e depois com a AMC e fabricava Renault sob licença também. Em outubro de 1967 na linha 1968 nada muda, Em maio de 1968 o modelo 300 foi testado pela revista Corsa: 0a100KM/H em 14.8segundos, velocidade máxima de 164KM/H e consumo médio de 8.7KM/L. Em outubro de 1968 na linha 1969 nada muda e em outubro de 1969 na linha 1970 para poder concorrer as 84 horas do Inferno verde e representar a Renault(já que a marca francesa não tinha um sedã potente, recorreu a argentina) e o modelo 300 é substituído pelo 380 no sedã e estreava o cupê 380 W com três carburadores Weber de corpo simples no motor seis cilindros Tornado Superpower 230 de 3.8 litros, a taxa de compressão sobe para 8,5:1 e com alterações no comando de válvulas ele passou a gerar ótimos 30KGFMa2000RPM e 178CVa4300RPM e uma versão 300 S básica era mantido herdando o motor seis cilindros 181 de 3 litros.
O sedã mantinha o motor 181 de 3 litros e ganhava o 230 de 3 litros herdado do cupê.

O Torino 380 W com motor seis cilindros 230 de 3.8 litros agora com três carburadores e 178CV.
AINDA MAIS POTÊNCIA: Em outubro de 1970 na linha 1971 chegava o GS 200, o motor seis cilindros 230 de 3.8 litros ganhava alterações no comando de válvulas para gerar ótimos 35KGFMa2000RPM e 205CVa4300RPM era uma potência para não fazer feio para ninguém.
O GS 200 chegava ao mercado com motor seis cilindros 230 de 3.8 litros com 205CV.
E além dele uma voltava o motor de seis cilindros de 3.8 litros e 132CV para o modelo TS, em outubro de 1971 na linha 1972 nada muda, em outubro de 1972 na linha 1973 nada muda e em novembro o GS 200 era testado: 0a100KM/H em 10.5segundos, chegou a 203KM/H(mais veloz que Opala e Maverick dos anos 1970!) e o consumo médio foi de 7KM/L segundo a revista Corsa. Em outubro de 1973 na linha 1974 nada muda e estoura a crise do petróleo e o motor seis cilindros 181 de 3 litros dá o seu adeus, em outubro de 1974 na linha 1975 chegava o Gran Tourer que vinha com o mesmo motor de 178CV dos antigos 380 W e estreava os modelos TS 7 bancadas(mancais) e TSX, o TSX entrava no lugar do GS 200 e o TS 7 bancadas no lugar do 380 W e com os mesmos motores disponíveis para esses novos modelos.
O Sedã Grand Tourer com motor seis cilindros de 3.8 litros e três carburadores com 178CV.

A versão TS com motores de 132CV e 178CV.

O TSX com motor de 205CV.
Em 1975 a Renault compra a IKA e herda á fábrica de Santa Izabel Córdoba(que hoje produz Clio, Fluence e Kangoo), em outubro de 1975 na linha 1976 nada muda, em outubro de 1976 na linha 1977 nada muda, em outubro de 1977 na linha 1978 nada muda, em outubro de 1978 na linha 1979 o motor seis cilindros 230 de 132CV dava adeus e o motor de 178CV ficava apenas para o sedã, o cupê agora vinha apenas com o seis cilindros 230 de 3.8 litros agora com 30KGFMa2000RPM e 200CVa4300RPM mantendo os três carburadores, mas a sede ainda era enorme. Em outubro de 1980 nada muda e em outubro de 1981 apesar de ter um protótipo de segunda geração que não acabou indo para frente, ele dá o seu adeus e com isso deixo a foto onde a versão 380 W esteve presente ao lado de Sandero R.S, Alpine A 110, Renault Mégane R.S, Renault 8 Gordini e Renault Clio Willians, além é claro do Fluence GT2 no centro.
A foto em família o Torino 380W ao lado de Alpine A 110 e Clio Willians.
NOS ESTADOS UNIDOS A AMC ENTROU NO MERCADO DE "COMPACTOS"  com marca independente, no caso da Rambler e o modelo era American e estava disponível em cinco carrocerias: sedã de quatro portas, cupê hardtop, conversível e Station Wagon(Perua) ele media 4.50metros de comprimento, 1.79metros de largura, 1.38metros de altura e 2.69metros de entre - eixos, mas a base era mesma do Torino que o Americam emprestou: freios, suspensão e direção, ele vinha com duas opções de câmbio: manual ou automático de três marchas com alavanca na coluna, nos motores a oferta começava pelo Seis cilindros 196 de 3.2 litros que foi herdado da Nash, não tem diâmetro x curso por aí, mas caso achar eu atualizo e muito menos taxa de compressão só se sabe que tinha 91CV, 127CV e 148CV na versão mais potente com dupla carburação, com comando de válvulas no bloco e válvulas no bloco. Era a única opção de motor disponível para o modelo.
O Rambler american aqui já 1968 de início apenas o seis cilindros de 3.2 litros com 91CV, 127CV e 148CV, mais tarde chegava o seis cilindros de 3.8 litros de 132CV, o seis cilindros de 3.3 litros, o V8 290 de 4.8 litros com 200CV na versão com carburação dupla e 225CV com carburação quadrupla.

A Perua com os mesmos motores do sedã
 
O sedã de duas portas.

O cupê hardtop com os mesmos motores do sedã.

O Conversível com os mesmos motores do sedã.
E foi lançado em outubro de 1963 como linha 1964, em outubro de 1964 na linha 1965 duas novidades, a primeira era troca do seis cilindros de 3.2 litros pelo AMC 199 de 3.3 litros e seis cilindros é da mesma família dos equiparam a Cherokee vendida no Brasil anos 1990, o seu diâmetro é de 95mm e o curso é de 76mm o que totalizavam 3258cm3, a sua taxa de compressão é de 8,5:1 e com carburador de corpo simples ele gerava 95CV e não tenho dados de torque e rotação de potência e o Tornado 230 de 3.8 litros e seis cilindros em linha e comando de válvulas no cabeçote que foi amplamente usado no modelo Argentino, no modelo americano a taxa de compressão era de 8,5:1 e com isso gerava 29KGFMa1750RPM e 147CVa4000RPM e com isso o seis cilindros de 3.2 litros oriundo da Nash dá o seu adeus. mas como é americano a sede por V8 é forte.
 Em outubro de 1965 na linha 1966 nova grade dianteira e o carro ficava quase 10cm mais comprido indo a 4.60metros de comprimento, para poder instalar ar condicionado e além de manter os seis cilindros de entrada, estreava o V8 AMC 290 de 4.8 litros, o seu diâmetro é de 95.3mm e o curso é de 88.3mm, depois vou atualizar com as polegadas cúbicas em cm e não tem taxa de compressão nem torque e nem rotação máxima, na versão com carburador de corpo duplo gerava 200CV e com carburador de corpo quadruplo(o famoso quadrijet) gerava 225CV.
A NOVA GRADE DIANTEIRA E MAIS POTÊNCIA: Em outubro de 1966 na linha 1967 ele ganhava nova grade dianteira, farois e para - choques de novo, nos motores os seis cilindros de 3.3 litros e 3.8 litros continuavam, o V8 290 de 4.8 litros também e estreava o V8 343 de 5.6 litros, o seu diâmetro era de 103.6mm, o curso era mantido  e sua taxa de compressão era de 10:1(alta para época) e apenas carburador de corpo quadruplo gerava ótimos para época 50.3KGFMa3000RPM e 284CVa4500RPM era o motor topo de linha para o modelo e vinha o câmbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho, ao contrário do V8.
Nova grade dianteira, além dos seis cilindros de 3.2 litros e 3.8 litros mantidos e dos V8 290 de 4.8 litros com carburação dupla e quadrupla, estrava o V8 343 de 5.3 litros com carburação quadrupla e 284CV.
Em outubro de 1967 na linha 1968 só mudava era a traseira da Wagon e seguia sem alterações, em outubro de 1968 na linha 1969 chegava o esportivo SC Hurst, o câmbio manual de quatro marchas recebia alterações, suspensão e freios também e o motor obviamente mudava era o V8 390 de 6.4 litros da AMC aliás os V8 aqui tem bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seis cilindros também tem concepção parecida com exceção do 3.8 é claro, voltando o 6.4, o seu  diâmetro é de 105.8mm e o curso é de 90.8mm e por enquanto fica sem a totalização, mas depois irei atualizar, a taxa de compressão não tem e infelizmente só achei a potência dele: 319CV eram ótimos para época, mesmo que brutos.
O American SC Hurst chegava ao mercado com motor V8 390 de 6.4 litros e 319CV.
Mas em outubro de 1969 na linha 1970 ele dá adeus é substituído pelo AMC Hornet.
 
Essa base teve mais carismas na Argentina onde divide as atenções com o Ford Falcon, um pouco abaixo os Dodge argentinos e o Chevrolet Nova, se tornou lenda ao ser o único carro sul-americano a passar dos 200KM/H a seu tempo, nos Estados Unidos começou com seis cilindros herdado da Nash e passou a usar quatro opções de V8 no final de carreira e voltando a Argentina: Foi o maior nome da Renault local em termos de alto desempenho até a chegada do Fluence GT.

 


 
 





 

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