MERCEDES-BENZ LN: O LONGEVO PIONEIRO



A SEGUNDA GERAÇÃO DO MERCEDINHO FOI LONGEVA E TROUXE MOTOR TURBO AOS LEVES 



A Mercedes-Benz se encontrava numa situação em termos de mercado muito boa: era líder geral do mercado caminhões, mas se não mudasse poderia ser ultrapassada pelos rivais e renovar a linha por onde?

A Família AGL estava tendo sucesso no mercado, ainda, mas já estava com mais de 20 anos de mercado  e lógico nos cavalos-mecânicos viu a Volvo passar á frente e a "regra 1113" já começava dar sinais de esgotamento com chegada dos VW de final "210" e do Ford Cargo.  No andar de baixo
Existia a primeira geração do Mercedinho  que agora via a Série F convertida ao diesel, os Volkswagen, os Agrale e o Chevrolet D40, então a marca tratou de fazer o que tem que ser feito: re novação. 

A CHEGADA DO NOVO MERCEDINHO se dá em outubro de 1988 na linha 1989 era derivado do LN alemão que tinha Vans também e de quebra antecessor da Sprinter!, lógico que o LN foi reforçado para o Brasil, ele veio nos modelos 709 e 912, no caso apenas 4x2, o câmbio era manual de cinco marchas, já para o 709 ele tinha o motor  quatro cilindros OM 364 de 4 litros, o seu diâmetro era de 97.5mm e o curso era de 133mm o que totalizavam 3972cm3, a sua taxa de compressão é de 16,5:1 dotado de bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas e com isso gerava 28KGFM a 1400RPM e 90CV a 2800RPM por si só, já era mais potente que o antigo 708 E, mas a estrela de três pontas não estava satisfeita e para o 912 estreou o primeiro caminhão leve turbo diesel do país, que estreava a versão turbinada do OM 364, era o OM 364 A, a taxa de compressão era mantida e com o acréscimo do turbo gerava 40KGFM a 1500RPM e 122CV a 2600RPM, ambos os motores tinham bomba injetora por atuação mecânica. A sua suspensão eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos e o tanque de combustível era de 140 litros.  Os freios eram a tambor nas quatro rodas 

O 709 chegava ao mercado com motor 4 litros á diesel de 90CV.

O 912 chegava junto era com o motor 4 litros á diesel acrescentado do turbo e com isso gerava 122CV.

 Outra curiosidade é o motor OM 364 aspirado também equipou o Toyota Bandeirante. Em outubro de 1990 na linha 1991 nada muda, em outubro de 1991 na linha 1992 nada muda, em outubro de 1992 na linha 1993 sem alterações, em outubro de 1993 na linha 1994 o 912 ganhava o Intercooler e virava 914 , o seu motor OM 364 LA ganhava o Intercooler e com isso gerava 45KGFM a 1350RPM e vai até 1650RPM e 136CV a 2600RPM e o curioso que a taxa de compressão subia para 17,2:1. Além dele foi lançada sua versão com terceiro eixo que era o 1114, mas esse modelo não teve muito sucesso, foi o primeiro caminhão leve nacional com terceiro eixo de fábrica.

O 914 chegava ao mercado com motor turbo do 912 dotado de Intercooler e com isso 136CV.

O 1114 com terceiro eixo e o mesmo motor do 914

Em outubro de 1994 na linha 1995 nada muda, em outubro de 1995 na linha 1996 o 1114 diante das baixas vendas dá adeus ao mercado, em outubro de 1996 na linha 1997 o 709 é substituído pelo 710 que ganhava o turbo no motor OM 364 e passava a gerar 109CV a 2300RPM, Em outubro de 1997 na linha 1998 nada muda, em outubro de 1998 na linha 1999 com a chegada dos 712 C e 914 C, o Mercedinho LN dava adeus ou melhor um "até breve".

O 710 chegava graças ao turbo no OM 364 4 litros gerava 109CV, mais tarde dá  seu "ano sabático", mas volta com 110CV 


O RETORNO se dá em outubro de 1999 diante dos pedidos para voltar, ele voltava como modelo de entrada, apenas no 710 e o motor OM 364 agora gerava 110CV era a linha 2000 do "Lázaro", em outubro de 2000 na linha 2001 nada, em outubro de 2002 ele passava se chamar 710 Plus e junto com ele vinha alterações no motor OM 364 LA para cumprir legislações anti-poluentes de 2005 e com isso agora ele gerava 47KGFM a 1400RPM e 115CV a 2400RPM. em outubro de 2003 na linha 2004 chegava o Acello e com isso pela primeira vez na Mercedes-Benz brasileira, o antecessor convivia com o sucessor, já que o próprio 708 E foi aposentado com o lançamento do 709, em outubro de 2004 na linha 2005 nada muda.

    Em outubro de 2006 na linha 2016 ele passou a fazer parte da linha tradicional da Mercedes-Benz junto com L-1318, , L-1620, 1718, 2628 e o LS-1634, e ele seguiu sem alterações até o final da carreira quando deu o seu adeus em outubro de 2011 diante das novas legislações anti-poluentes.

 A segunda geração dos "Mercedinhos" ficou 23 anos no mercado, e até hoje o Mercedes-Benz leve mais longevo da história, inaugurou o turbo nos caminhões leves nacionais(e isso virou regra no mercado), fez muito sucesso, ganhou o apelido, inaugurou o terceiro eixo nos caminhões leves nacionais o que não agradou muito na época. Uma hora o adeus ia chegar e ele chegou no final de 2011



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