MORTO E ENTERRADO: MOTOR DA FAMÍLIA K DA RENAULT SAI DE CENA DEPOIS DE 20 ANOS DE MERCADO
Um esclarecimento, a seção "morto e enterrado" não é nada pejorativo, sim uma matéria sobre quem saiu de linha seja carro e motor, no caso aqui se trata de um motor, o mesmo ocorreu quando o Família II, o EA 113/EA827/AP e com o motor EW do grupo PSA.
Confesso que ia fazer essa matéria em 2018, mas eu estava na esperava novo Kangoo, mas pelo visto não virá ao Brasil, já que a Renault está focada no facelift de Sandero e Logan. então trata-se de contar a trajetória desse motor.
Ele começou sua vida na Europa em 1988 como Família E, era o sucessor do Renault Sierra/Cléon família C que aqui no Brasil conhecemos como Ford CHT graças a compra da Willys pela Ford e aí herdando o Corcel que era derivado então futuro Renault 12 que foi lançado um ano depois. Em 1993 ele recebeu uma atualização forte e um novo nome: família K, segue vivo na Europa e até mesmo na América do Sul, mas na opção á diesel: o 1.5 DCi Turbo Diesel, que está presente em vários modelos europeus e no novo Kangoo, se o novo Kangoo vier para o Brasil será a outra opção de motor: o SCe 1.6 16V da família HR ou H4M código na Renault, então o motor da família K no Brasil deu o seu adeus, agora vamos a trajetória nas duas configurações.
1.6 8V
CILINDRADA: 1598cm3
DIÂMETRO X CURSO: 79.5 X 80.5mm
A Saga da família K no Brasil começa em 1998, mas antes vamos dar um parecer, na América do Sul a fábrica da Renault no Brasil seria inaugurada em 1998 e com as vendas da primeira Scénic em Março de 1999, então se valia da Renault argentina e antes de 1998 a Renault argentina usava no Clio I e no 19 o Renault Sierra/Cléon família C, tanto que ficou conhecido como "Clio CHT", mas em Fevereiro de 1998 chegava o Mègane I Hatch sucessor do Renault 19 e nas versões RN e RT trazia o novo motor 1.6 da família K com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada com isso gerava 14KGFM a 4000RPM e 90CV a 5250RPM.
Já a versão RXE usava o 2.nada da família F, em outubro de 1999 chegava o Clio II fabricado no Brasil e nas versões RN e RT herdava esse motor, em março de 2000 é vez do próprio Kangoo chegar ao mercado nas versões RT e RN, além do furgão Express com o mesmo 1.6 já citado no Mégane, em março de 2000 o Mégane Hatch e o Sedan na versão RT passava a usar o 1.6 16V(já vou citar mais detalhe sobre ele,abaixo), em outubro de 2000 é vez do Clio ganhar o 1.6 16V e junto com isso a versão Sedan recém-lançada, já o motor 1.6 8V segue no Kangoo até agosto de 2003.
Teria tudo para ser desconhecido, até que em novembro de 2007 o motor 1.6 da família K de 8 válvulas o famoso K7M retorna flex para equipar Logan e o então recém-lançado Sandero com isso 13.7KGFM a 2850RPM e 92CV a 5750RPM e com álcool vai a 14.1KGFM e 95CV nas mesmas rotações, vale notar que a Renault retrabalhou para ele ter mais torque em baixas rotações, em 2009 passou a equipar o Symbol e o motor seguiu sem alterações até junho de 2012 na linha 2013 quando ele recebeu mais potência e passou a se chamar Hi-Power que agora gerava 14.5KGFM a 2850RPM e 98CV a 5750RPM e com álcool vai a 15.5KGFM e 106CV nas mesmas rotações, esse motor atualizado passou para segunda geração do Logan um ano depois e para a segunda geração do Sandero em 2012 e ficou no mercado até o dezembro de 2016 quando a Renault o substituiu pelo SCe 1.6 16V da família HR ou H4M.
1.6 16V
OS DADOS REPETEM O DE CIMA
Já o cabeçote 16 válvulas tem duplo comando de válvulas no cabeçote e o próprio cabeçote de 4 válvulas por cilindro como diferenças em relação ao primeiro e outras alterações. O motor atende pelo código de K4M.
A trajetória começou como o primeiro motor da Renault fabricado no Brasil, depois vieram o 1.6 de oito válvulas e os 1.nada de 8 ou 16 válvulas, além de outros motores, ele estreou na Scénic em outubro de 1999 ele gerava 15.2KGFM a 3750RPM e 110CV a 5750RPM, em março de 2000 passou a equipar o Mégane I reestilizado nos modelos Hatch e no Sedan RT, em outubro de 2000 ele passou a equipar o Clio II nacional e o Clio Sedan só que nesses gerava 15.2KGFM a 4250RPM e 102CV a 5750RPM, em fevereiro de 2001 chegava ao Clio Si com os 110CV e mantendo o torque ainda que em giro mais alto, em março de 2001 passou a equipar a Scénic reestilizado, em agosto de 2003 na linha 2004 passou a equipar o Kangoo, mas com 15.2KGFM a 3750RPM e 95CV a 5000RPM, o motor foi "estrangulado" para o furgão, em outubro de 2004 na linha 2005 para o Clio e Clio Sedan ele passava a ser Flex e com isso gerava 15.2KGFM a 3750RPM e 110CV a 5750RPM com gasolina e com álcool passava a 16KGFM e 115CV nas mesmas rotações, em março de 2005 passou a equipar o motor Flex passou a equipar a Scénic, em março de 2006 ele passa a equipar o Mégane II Nacional, em outubro de 2006 a Mégane II Gran Tour nacional, em julho de 2007 ele passou a equipar o Logan com 15.2KGFM a 3750RPM e 107CV a 5750RPM e com álcool 15.4KGFM e 112CV nas mesmas rotações, em outubro de 2007 passou a equipar o então recém-lançado Sandero com a calibração do Logan e na mesma época no Kangoo passou a ser Flex e com isso gerava 15.1KGFM a 3750RPM e 95CV a 5750RPM e com álcool vai a 15.3KGFM e 98CV nas mesmas rotações. Em outubro de 2009 ele deixa de equipar o Logan, em março de 2010 a Scénic dá adeus, em outubro de 2010 é vez do Mégane II dar lugar ao Fluence, na mesma época o 1.6 16V só fica disponível para Sandero GT-Line e Stepway, o próprio Logan havia ganho um facelift, em março de 2011 é vez do Sandero ganhar um facelift, em julho de 2011 Logan e Sandero ganham o câmbio automático e com isso trazem a reboque o 1.6 16V.
Em outubro de 2011 é vez do Duster e o motor 1.6 16V recebe nova calibração com gasolina gera 15.1KGFM a 3750RPM e 110CV a 5750RPM e com álcool vai a 15.9KGFM e 115CV, em outubro de 2012 a Mégane Grand Tour dá adeus, em outubro 2013 chegava o novo Logan e perdia a opção do câmbio automático e junto com ele o motor 1.6 16V, em julho de 2014 é vez do Sandero de segunda geração e com isso acontecer o mesmo processo do Logan, o Easy-R é lançado dois meses depois, mas apenas com motor 1.6 de 8 válvulas que você já viu acima, em Outubro de 2015 passa a equipar o Duster Oroch com o mesmo motor 1.6 16V do Duster, em Dezembro de 2016 é vez de Duster e Duster Oroch aderirem ao motor SCe 1.6 16V da família HR ou H4M no caso da Renault. Então só restou o Kangoo, em março de 2018 a Renault argentina lança um novo Kangoo que é na verdade o Renault/Dacia Dokker rebatizado e o Kangoo vendido aqui fica até os estoques acabarem e acabaram em 2018 com isso é o fim do motor da família K no Brasil. Também em 2009 passou a equipar o Nissan Livina e em 2011 o Fluence 1.6 com câmbio manual vendidos só para vendas diretas.
Tenho um clio hatch e flex com esse ótimo motor k4m. Mas cá entre nós, que texto mal escrito pqp. Falta vírgula pra cacete, pontuação toda errada e não dá nem pra entender direito de tão as coxas que foi feito. Tive que voltar várias vezes pra reler alguns trechos de tão horrível que está.
ResponderExcluirBom nós pretendemos melhorar algumas coisas. mas enfim é todos os motores da família K, seja o K4M(1.6 16V) ou K7M(1.6 8V), agora dizer que foi feito as coxas, aí já é exagero seu.
ExcluirInteressante, motor muito versátil. Só esqueceu dos Fluence 1.6 e dos Nissan Livina 1.6.
ResponderExcluirObrigado pelo elogio! esqueci do Nissan Livina 1.6 16V foi falha minha mesmo, agora sobre o Fluence 1.6 16V ele era apenas vendido para vendas direta não para o público comum, como é agora o Captur 1.6 16V CVT 2022 que é vendido apenas para vendas diretas. Mas enfim poderia ter colocado.
ExcluirEsqueceu do symbol também
ResponderExcluirOpa, obrigado é verdade, equipou o Symbol também, me esqueci dele também. hehehe e nas duas configurações desculpe a demora em responder.
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