A NOTÍCIA CAIU COMO UMA BOMBA ONTEM, MAS ISSO MESMO.
Eu nunca fui afeito do termo "bomba"(a não ser carros com fama disso etc... e mesmo assim apenas por comentar sobre a história do carro).
Mas no noticiário uma bomba explodiu ontem: A Ford vai deixar de produzir caminhões no Brasil depois de 62 anos, a Série F mudou bastante(inclusive o chassi de lá até aqui), chegou a sair de cena em 2011 e voltar em 2014 e o Cargo era produzido desde 1985 e já estava no seu totalmente novo modelo desde 2011.
A Ford vendia mal? Não: ela era quarta colocada atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo. O "trem é feio", parece que em vez de chantagear ela foi logo no ato: vai encerrar á fabrica de São Bernardo do Campo-SP além dos caminhões produz o Fiesta , depois entro em mais detalhes.
Parece que a Ford tentou negociar com o ministro da fazenda, vulgo "Posto Ipiranga", ops, Paulo Guedes e esse totalmente sem jogo de cintura. Sobre o Fiesta já era pedra cantada o adeus dele, afinal a |Ford brasileira já havia comentando que vai focar em Ka, EcoSport(esses feito em Camaçari-Bahia), Ranger e outros utilitário esportivos, além do Mustang como carro de imagem. O Focus que é feito na Argentina(assim como a Ranger) já está de saída também.
Mas a bomba mesmo foram os caminhões, confesso que não esperava essa. Afinal a Ford começou a produzir caminhões no bairro Ipiranga na capital Paulista de 1957 até 2001, depois ela transferiu para São Bernardo do Campo-SP a produção de caminhões e é claro a picape Ford F 250 e segue até hoje. No caso dos automóveis a fábrica de São Bernardo do Campo-SP é mais emblemática: ela é uma fábrica herdada da Willys e todos os Ford brasileiros saíram daquela fábrica com exceção do Galaxie, Fiesta Rocam(na época não se chamava assim), Fiesta Sedan Rocam e as duas gerações do EcoSport e atual família Ka. Inclusive Corcel e Escort(até 1995) foram fabricados aí. uma história que se vai.
O Ford F4000 também era feito nessa fábrica junto com o Cargo.
A Ford vai vender os caminhões enquanto durar os estoques. Segundo um consultor disse que o problema da Ford é escala, afinal as novas regras do Proconve P8 equivalem a Euro 6 europeia, Mercedes-Benz, Scania, Volvo, Iveco e Volkswagen(no caso aqui vale lembrar a MAN) tem os motores Euro 6 pronto e só adaptar para o Brasil e pronto. Já a Ford além do Brasil só tinha a Turquia e Estados Unidos(nesse caso Série F), então teria que investir pesado na motorização Euro 6.
Só que isso leva outro problema: a Cummins fornece quase todos os motores da linha desde o F - 350 até o Cargo 1933, a única exceção é os 2042/2842 que usam motor Iveco, a Cummins só fornece motores para o Delivery e o Constellation cavalo-mecânico(no caso Man-Volkswagen) e para a Agrale, então logo essa poderá se complicar no futuro.
Antes que alguém diga "Ah, você defende fabricante de carro ou caminhão mamar no governo", Não, mas tem que ter bom senso das coisas, segundo a Ford o sacrifício dos caminhões é para o fabricante seguir operando na América do Sul. Mas querendo ou não já deixou 2.800 desempregados á partir de agora e tem muito rentista que "mama" no governo e não fez nada além de especular.
Uma noticia triste, difícil de dar, não gostaria de dar esse tipo de notícia, mas é isso. O lado bom disso: é que a saída de Ford forçou de volta as matérias históricas de caminhão, mas só de modelos Ford, prioridade ao último Série F leve e a atual geração do Cargo, depois será complementados pelo Ford "Sapão" e pelo "Pitbull".
Ao menos já mostro as matérias históricas já feitas:
Comentários
Postar um comentário