MORTO E ENTERRADO: RENAULT CAPTUR DÁ ADEUS AO MERCADO BRASILEIRO

                                                                

DEPOIS DE SETE ANOS CAPTUR DÁ ADEUS AO MERCADO BRASILEIRO 

No dia que a Renault brasileira anunciou o Kardian, alguém se despediu, foi o Renault Captur, afinal prejudicado pela briga entre Biden e Putin no leste europeu(não vou falar a palavra aqui certa), mas enfim de qualquer forma a saída da Renault da Rússia acabou prejudicando alguns componentes como faróis e acabamento e segundo o Mobiauto, não era só peças do Kaptur(que lá começa com "K") Russo, eram peças de Logan, Stepway , Duster e Oroch(no caso acabamento) que vinham de lá, a Renault comprou um grande estoque de peças de lá, ao mesmo tempo que entrou em contato com fornecedores locais, que toparam fazer para Stepway, Logan, Duster e Oroch, mas não aceitaram fazer para o Captur por que o volume não justificava o Captur, é inegável que desde a chegada do novo Duster, as vendas do Captur não estavam aquelas coisas e ainda de quebra, no lançamento a Renault foi obrigada a parar a fábrica de São José dos Pinhais-PR por falta de semi-condutores, enfim o fim era certo, mas quando não se sabia. Esclarecendo: o morto e enterrado não tem nada de pejorativo, afinal eu sempre coloco um carro fora de linha assim.

A CHEGADA AO BRASIL  Feita na plataforma B da aliança Renault-Nissan em São José dos Pinhais-PR, ele foi apresentada no Salão de São Paulo de 2016 em Outubro, mas chegou ao mercado em Fevereiro de 2017, ela media  4.33 metros de comprimento, 1.81 metros de largura, 1.62 metros de altura e 2.67 metros de entre -eixos, duas versões de acabamento: Zen e Intense, duas opções de câmbio: manual de cinco marchas e automático de quatro marchas e duas opções de motor o então estreante SCe 1.6 16V da família HR com bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas variável no cabeçote acionado por corrente metálica e coletores variáveis que gerava 16.2KGFM a 4000RPM e 118CV a 5500RPM e com álcool vai a 120CV atrelado ao câmbio manual de cinco marchas e o 2 litros 16V da família F, o famoso F4R com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada sendo variável na admissão que gera 20.2KGFM a 4000RPM e 143CV a 5750RPM e com gasolina e com álcool vai a 20.9KGFM e 148CV, o câmbio AT4 era antigo, ok, de fato merecia um câmbio melhor, mas o motor 2 litros 16V "chamava a responsabilidade" lembrando que o Renegade da época tinha o câmbio AT6, mas o motor era o 1.8 16V de 139CV com álcool, então...

                                                      
O Captur chegava ao mercado com motores 1.6 16V de 118CV com gasolina e 120CV com álcool e o 2 litros 16V de 143CV com gasolina e 148CV com álcool, mas estreava o câmbio CVT atrelado ao 1.6 16V depois.


Ele já foi lançado como linha 2018, em Julho de 2017 chegava o câmbio CVT XTronic atrelado ao motor 1.6 16V, aliás não é o primeiro Renault a ter esse caixa, por que o Fluence já tinha, mas ele pioneiro entre os Renault com o novo 1.6 16V e também entre os compactos, lembrando que o Fluence é médio. Em Outubro de 2018 na linha 2019 sem grades mudanças. Em Outubro de 2019 na linha 2020 sem mudanças, em Julho de 2020 na linha 2021 chega a série especial Bose com Som Bose e com motores 1.6 16V e 2 litros 16V e sempre automático, no caso seja CVT no 1.6 16V e automático de quatro marchas no 2 litros, mas em Outubro de 2020 o Captur dá adeus a todas as versões, só fica a Bose com motor 1.6 16V e câmbio CVT e perde o câmbio manual, e também dá adeus ao motor 2 litros 16V e o câmbio automático de quatro machas e a regua da placa passou a ser preta.

O FACELIFT E O MOTOR TCe 1.3 16V FLEX ela chegava com nova grade dianteira, faróis e para-chqoues, aliás vale lembrar que o nosso para-choque era do Captur Intianale francês feito entre 2013 e 2020, o comprimento foi a 4.38 metros por causa do novo para-choque, o câmbio era o CVT XTronic que simulava oito marchas, contra seis marchas simulada dos CVT atrelado ao 1.6 16V e o motor agora era o 1.3 16V TCe da família HR com bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas variável no cabeçote acionado por corrente metálica, coletores variáveis, turbo, intercooler e injeção direta que gerava 27.5KGFM a 1600RPM e 162CV a 5500RPM e com álcool vai a 170CV e mantém o torque, afinal o desempenho é outro, melhorou e muito, mas enfim pena que problemas externos fariam o adeus no seguinte, ele vinha nas versões Zen, Intense e Iconic e sempre com o motor 1.3 16V TCe o câmbio CVT, o motor 1.6 16V atrelado ao câmbio CVT ficou apenas para vendas diretas.

                                                          
O Captur reestilizado chega ao mercado e junto com o 1.3 16V TCe de 162CV com gasolina e 170CV com álcool 


Ele foi lançado em Junho de 2021 como linha 2022, em  Fevereiro de 2022 estoura o conflito na Ucrânia e logo depois vem as sanções da Rússia e pouco tempo depois a Renault anuncia o adeus do mercado russo e o Captur parananaense entra em situação complicada, peças como faróis e acabamento vinham de lá, como eu já disse acima, a Renault comprou um estoque de peças para poder fabricar e lógico as próprias vendas do Captur já não eram as mesmas do início da carreira e lógico um mês antes o Duster recebia o 1.3 16V TCe, em Outubro de 2022 a linha 2023 sem alterações e em Outubro de 2023 com anuncio da produção do Kardian(lógico  Kardian é menor), o Captur saiu de fininho do site do fabricante, com isso o Captur dá adeus ao mercado brasileiro e é morto e enterrado, mas ele deixa como herança o motor 1.3 16V TCe para Duster e Oroch, que aliás o próprio três cilindros 1 litro 12V do Kardian é esse motor com um cilindro a menos e o painel para a Oroch. Além das vendas não irem bem, Biden e Putin tem culpa no cartório do fim do Captur brasileiro.


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